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02 julho 2013 00h29

Jardim diz que desemprego "é problema grave", mas tem "mãos atadas" por "leis tontas"

Ao intervir na segunda-feira no comício realizado em Câmara de Lobos no âmbito do "Dia da Madeira e das Comunidades Madeirenses", Alberto João Jardim reivindicou "mais autonomia" para que a Região possa adoptar medidas específicas de investimento e de combate ao desemprego. "Nós temos, neste momento, um problema grave de emprego dos jovens na Madeira e eu sinto-me de mãos atadas porque preciso fugir àquelas asneiradas, àquelas leis tontas, àquela pressão dos países mais ricos sobre um Portugal pobre, e tenho as mãos atadas", declarou.
 
Exemplificando com uma lei da República que exige que os agricultores de 70 anos façam um curso para poderem receber apoios comunitários, o governante madeirense insistiu: "a Madeira não pode estar a receber leis de Lisboa, quase todas elas tontas, porque aquela gente perdeu o juízo. Ainda hoje mexeram em ministros outra vez".
 
Disse ainda ser a Madeira a região onde a República "tem mais funcionários, por cabeça, vindos de Lisboa para vigiar". "Não precisamos de vigias, não precisamos de tutelas, o que precisamos é de criar emprego aos jovens que precisam de emprego e não têm por causa das leis tontas de Lisboa", vociferou, prosseguindo: "Se a nossa autonomia fosse aquela que sempre defendi, nós não estávamos sujeitos a estas coisas".
 
Numa alusão às eleições autárquicas de 29 de Setembro, Alberto João Jardim apelou aos madeirenses para que escolham "os melhores", para que, ao seu lado, "possam resistir a Lisboa".
 
O PSD-M apresenta como candidato à presidência do município de Câmara de Lobos o economista Pedro Coelho, que promete "abrir as portas dos gabinetes para ouvir as pessoas", numa política de proximidade.