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25 janeiro 2024 10h27

Maló de Abreu declarou residência em Angola (apesar de viver em Portugal)

"Na atual XV Legislatura, sendo eleito pelo círculo de emigração de fora da Europa, reside em Angola/Luanda, conforme certificado de residência emitido pelo Consulado-Geral de Portugal em Luanda. Na anterior legislatura residia no círculo eleitoral pelo qual foi eleito, Coimbra, de acordo com a informação da morada obtida da leitura do cartão de cidadão", confirmou à Sábado fonte oficial do gabinete do secretário-geral da Assembleia da República (AR). 

Desde que alterou a morada para Angola, Maló de Abreu recebeu por trabalho parlamentar com presenças da AR 10.309,31 euros em 2022 (abril a dezembro) e 15.083 euros em 2023. Quanto a trabalho político: 4.304 euros em despesas de deslocação em todo o território nacional, 20.139 euros por despesas de deslocação no círculo fora da Europa (11.176 euros em 2022 e 8.936 euros em 2023) e 23 mil euros por ajudas de custo (6.880 euros em 2022 e 16.123 euros em 2023).

Resumindo, o então deputado do PSD ganhou quase o dobro em ano e meio do que nos três anos de legislatura anterior a residir em Coimbra, onde recebeu 44 mil euros em abonos e ajudas de custo. Além disso, como Maló declarou residir em Luanda, a lei que estabelece os "
princípios gerais de atribuição" de abonos prevê ainda viagens pagas.

Maló de Abreu é hoje o candidato pelo círculo eleitoral fora da Europa do Chega, partido que no último programa eleitoral defendia "a título de exemplo e solidariedade com os portugueses, o corte do salário dos políticos em 15%", além de ter como bandeira "o combate à subsidiodependência".

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