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10 julho 2024
10h43
Fonte:
Jornal de Negócios
Miranda Sarmento diz que país tem "conforto" para cumprir novas regras orçamentais da UE
O ministro das Finanças garante que Portugal está em condições de cumprir sem dificuldades as novas regras orçamentais europeias que entraram em vigor este ano e já está em fase de implementação e negociação com a Comissão Europeia.
"Os números indicam que Portugal cumprirá as novas regras orçamentais porque a trajetória da despesa é consistente com o que a Comissão Europeia considera ser o ponto crítico da análise de sustentabilidade da dívida e nomeadamente a redução de um ponto percentual da divida a cada ano", afirmou Joaquim Miranda Sarmento que está a ser ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) no Parlamento. "Os números que temos neste momento dão-nos total conforto no cumprimento das regras orçamentais", frisou o governante.
Cada país da UE tem de apresentar até ao dia 15 de outubro o programa orçamental a quatro ou sete anos, sendo que, no caso de Portugal, "o mais expectável é que se escolham os quatro anos para o quadro orçamental", avançou Miranda Sermento.
O processo de negociação deverá iniciar-se em breve. "Iremos iniciar muito em breve entre o GPEARI (Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais, do Ministério das Finanças) e a Comissão Europeia as negociações técnicas que serão refletidas no plano de médio" que será apresentado a Bruxelas e no Parlamento. "Ao contrario de outros países europeus, Portugal, apesar de ter uma dívida acima de 60% do PIB, apenas teria a circunstância de ter uma situação mais complexa se simultaneamente tivesse desvios na conta de controlo e uma situação orçamental excedentária ou próxima do equilíbrio", acrescentou.
O ministro das Finanças está a ser ouvido no Parlamento na comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, ao abrigo do regimento da Assembleia da República que determina a audição de todos os ministros pelo menos quatro vezes por cada sessão legislativa.
O país já recebeu o valor de referência para a variação da despesa primária líquida que poderá realizar no próximo ano e que servirá de base para construir os novos planos orçamentais de quatro ou sete anos, mas ainda não foram divulgados.
O objetivo das novas regras é permitir planos individuais de consolidação discutidos entre governos e Comissão Europeia, em casos de défice ou dívida excessivos, com margens de flexibilidade para alguns investimentos.
O indicador principal a vigiar será a despesa primária líquida: deixa fora gastos com juros, medidas extraordinárias ou não recorrentes – como, por exemplo, uma indemnização judicial a pagar pelo Estado – assim como a despesa que flutua com os ciclos económicos: essencialmente, gastos com subsídios de desemprego.
Também ficam de fora os fundos nacionais que sejam necessários para acompanhar fundos europeus em projetos de investimento.
(Notícia em atualização)
"Os números indicam que Portugal cumprirá as novas regras orçamentais porque a trajetória da despesa é consistente com o que a Comissão Europeia considera ser o ponto crítico da análise de sustentabilidade da dívida e nomeadamente a redução de um ponto percentual da divida a cada ano", afirmou Joaquim Miranda Sarmento que está a ser ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) no Parlamento. "Os números que temos neste momento dão-nos total conforto no cumprimento das regras orçamentais", frisou o governante.
Cada país da UE tem de apresentar até ao dia 15 de outubro o programa orçamental a quatro ou sete anos, sendo que, no caso de Portugal, "o mais expectável é que se escolham os quatro anos para o quadro orçamental", avançou Miranda Sermento.
O processo de negociação deverá iniciar-se em breve. "Iremos iniciar muito em breve entre o GPEARI (Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais, do Ministério das Finanças) e a Comissão Europeia as negociações técnicas que serão refletidas no plano de médio" que será apresentado a Bruxelas e no Parlamento. "Ao contrario de outros países europeus, Portugal, apesar de ter uma dívida acima de 60% do PIB, apenas teria a circunstância de ter uma situação mais complexa se simultaneamente tivesse desvios na conta de controlo e uma situação orçamental excedentária ou próxima do equilíbrio", acrescentou.
O ministro das Finanças está a ser ouvido no Parlamento na comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, ao abrigo do regimento da Assembleia da República que determina a audição de todos os ministros pelo menos quatro vezes por cada sessão legislativa.
O país já recebeu o valor de referência para a variação da despesa primária líquida que poderá realizar no próximo ano e que servirá de base para construir os novos planos orçamentais de quatro ou sete anos, mas ainda não foram divulgados.
O objetivo das novas regras é permitir planos individuais de consolidação discutidos entre governos e Comissão Europeia, em casos de défice ou dívida excessivos, com margens de flexibilidade para alguns investimentos.
O indicador principal a vigiar será a despesa primária líquida: deixa fora gastos com juros, medidas extraordinárias ou não recorrentes – como, por exemplo, uma indemnização judicial a pagar pelo Estado – assim como a despesa que flutua com os ciclos económicos: essencialmente, gastos com subsídios de desemprego.
Também ficam de fora os fundos nacionais que sejam necessários para acompanhar fundos europeus em projetos de investimento.
(Notícia em atualização)