O primeiro-ministro e o deputado do PS, Pedro Nuno Santos, trocaram esta quarta-feira galhardetes sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, com Luís Montenegro a recuperar
o polémico despacho do então ministro das Infraestruturas que foi revogado por António Costa no dia seguinte.
"Esteja descansado porque não revoguei hoje as minhas decisões de ontem, nem vou revogar amanhã as minhas decisões de hoje. Elas são ponderadas, elas são fundamentadas, elas foram estudadas, e sabe, foram estudadas até num contexto partidário que o senhor desdenhou", afirmou o primeiro-ministro no primeiro debate quinzenal do novo Governo.
A resposta do primeiro-ministro seguiu-se à pergunta do líder do PS, Pedro Nuno Santos, sobre a decisão de aumentar a capacidade do atual aeroporto da Portela. "Em que é que se baseou? Em que é que se baseia?
Em que estudo se baseia para passar 38 movimentos para 45?", questionou o deputado socialista.
No confronto, o primeiro-ministro reafirmou que as decisões "são ponderadas, são fundamentadas. E foram estudadas e sabe que foram estudadas até num contexto partidário que o senhor desdenhou". Luís Montenegro acrescentou que "quando houve o primeiro relatório preliminar da Comissão Técnica Independente, disse que no meu partido iríamos estudar as conclusões e iríamos estudar todo o conteúdo do relatório preliminar. Os senhores desdenharam, mas enquanto os senhores estiveram a desdenhar e a fazer política barata, nós estávamos a estudar para decidir e para decidir a favor do futuro de Portugal."
Mais tarde, o primeiro-ministro voltou à questão do estudo sobre o alargamento da capacidade do aeroporto da Portela, lembrando o "estudo da NAV Portugal sobre o reforço" e no qual se baseou também o despacho de Pedro Nuno Santos que foi revogado menos de 24 horas depois pelo então primeiro-ministro.
*Notícia em atualização 
