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12 abril 2024
23h53
Fonte:
Jornal de Negócios
Morreu Roberto Cavalli ícone de estilo e símbolo da moda italiana
Roberto Cavalli, ícone de estilo e símbolo da moda italiana, morreu hoje, aos 83 anos, na sua terra natal, Florença, após doença prolongada e uma famosa carreira como estilista de mais de quatro décadas, revelou a sua empresa.
A agência italiana ANSA noticiou que o designer morreu em casa.
"Querido Roberto, você não pode estar mais aqui fisicamente connosco, mas sei que sempre sentirei seu espírito comigo", escreveu Fausto Puglisi, diretor criativo da Roberto Cavalli desde outubro de 2020, numa publicação nas redes sociais.
Designer de moda de estrelas dos anos 70 como Brigitte Bardot ou Sophia Loren, para quem criou visuais atraentes e 'reveladores', Cavalli continuou a seduzir celebridades das gerações mais recentes, desde Kim Kardashian a Jennifer Lopez.
Cavalli adorava Ferraris, charutos grandes e camisas justas abertas sobre um peito perpetuamente bronzeado.
O italiano chegou a casar-se com uma finalista do Miss Universo, era dono de um helicóptero roxo e de uma quinta vinícola na Toscana.
Entre os amigos incluíam-se Sharon Stone e Cindy Crawford, noticiou a agência France-Presse (AFP).
A sua carreira também passou por pontos baixos, como na década de 1980, quando o seu estilo extravagante parecia ir contra o minimalismo então em voga.
Também se viu no centro de um longo julgamento na Itália por um caso de fraude fiscal, que terminou com a sua absolvição. A sua empresa também começou a registar prejuízos, obrigando-o a vender a maioria das ações em 2015.
Nascido em 15 de novembro de 1940 em Florença, capital mundial dos artigos de couro, Cavalli era conhecido pelos seus couros estampados e calças de ganga desbotadas.
Em 2012, contou no seu blogue como em 1970 foi convidado para uma festa e se viu cara a cara com o anfitrião, um estilista: querendo fazer boa figura, disse-lhe que estava a fazer estampas em couro. O estilista pediu-lhe que voltasse no dia seguinte com amostras e então Cavalli apressou-se em encontrar um couro macio e fino no qual estampasse padrões florais. O estilista foi conquistado e a carreira de Cavalli foi lançada.
Cavalli patenteou vários dos seus métodos, o que atraiu a atenção da casa de luxo Hermès e do estilista Pierre Cardin.
Na década de 1970, abriu uma butique em Saint-Tropez, um dos locais do 'jet set' na Riviera Francesa, e apresentou a sua primeira coleção em Paris.
Depois, regressou à sua cidade natal, onde apresentou as suas criações de 'jeans' de alta costura no sumptuoso cenário do Palácio Pitti.
Em 2005, redesenhou o visual das Coelhinhas da Playboy, com uma versão 'leopardo'.
Apesar de tudo, a sua marca foi gradualmente confrontada com dificuldades financeiras ligadas ao aumento da concorrência das casas controladas pelos gigantes LVMH e Kering, e Cavalli deixou a direção artística do seu grupo em 2013.
Dois anos depois, o fundo Clessidra, com sede em Milão, comprou 90% do capital, mas não conseguiu conter as perdas.
Por fim, a Cavalli foi adquirida em novembro de 2019 pela Vision Investments, o fundo de investimento do magnata imobiliário de Dubai, Hussain Sajwani.
A agência italiana ANSA noticiou que o designer morreu em casa.
"Querido Roberto, você não pode estar mais aqui fisicamente connosco, mas sei que sempre sentirei seu espírito comigo", escreveu Fausto Puglisi, diretor criativo da Roberto Cavalli desde outubro de 2020, numa publicação nas redes sociais.
Designer de moda de estrelas dos anos 70 como Brigitte Bardot ou Sophia Loren, para quem criou visuais atraentes e 'reveladores', Cavalli continuou a seduzir celebridades das gerações mais recentes, desde Kim Kardashian a Jennifer Lopez.
Cavalli adorava Ferraris, charutos grandes e camisas justas abertas sobre um peito perpetuamente bronzeado.
O italiano chegou a casar-se com uma finalista do Miss Universo, era dono de um helicóptero roxo e de uma quinta vinícola na Toscana.
Entre os amigos incluíam-se Sharon Stone e Cindy Crawford, noticiou a agência France-Presse (AFP).
A sua carreira também passou por pontos baixos, como na década de 1980, quando o seu estilo extravagante parecia ir contra o minimalismo então em voga.
Também se viu no centro de um longo julgamento na Itália por um caso de fraude fiscal, que terminou com a sua absolvição. A sua empresa também começou a registar prejuízos, obrigando-o a vender a maioria das ações em 2015.
Nascido em 15 de novembro de 1940 em Florença, capital mundial dos artigos de couro, Cavalli era conhecido pelos seus couros estampados e calças de ganga desbotadas.
Em 2012, contou no seu blogue como em 1970 foi convidado para uma festa e se viu cara a cara com o anfitrião, um estilista: querendo fazer boa figura, disse-lhe que estava a fazer estampas em couro. O estilista pediu-lhe que voltasse no dia seguinte com amostras e então Cavalli apressou-se em encontrar um couro macio e fino no qual estampasse padrões florais. O estilista foi conquistado e a carreira de Cavalli foi lançada.
Cavalli patenteou vários dos seus métodos, o que atraiu a atenção da casa de luxo Hermès e do estilista Pierre Cardin.
Na década de 1970, abriu uma butique em Saint-Tropez, um dos locais do 'jet set' na Riviera Francesa, e apresentou a sua primeira coleção em Paris.
Depois, regressou à sua cidade natal, onde apresentou as suas criações de 'jeans' de alta costura no sumptuoso cenário do Palácio Pitti.
Em 2005, redesenhou o visual das Coelhinhas da Playboy, com uma versão 'leopardo'.
Apesar de tudo, a sua marca foi gradualmente confrontada com dificuldades financeiras ligadas ao aumento da concorrência das casas controladas pelos gigantes LVMH e Kering, e Cavalli deixou a direção artística do seu grupo em 2013.
Dois anos depois, o fundo Clessidra, com sede em Milão, comprou 90% do capital, mas não conseguiu conter as perdas.
Por fim, a Cavalli foi adquirida em novembro de 2019 pela Vision Investments, o fundo de investimento do magnata imobiliário de Dubai, Hussain Sajwani.