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26 fevereiro 2024
18h09
Fonte:
Jornal de Negócios
Mortágua recusa Portugal como "meca dos salários baixos" para multinacionais
A coordenadora bloquista, Mariana Mortágua, defendeu esta segunda-feira que o BE nunca vacilou em estar do lado de quem trabalha e contra quem explora os trabalhadores, considerando que Portugal não pode ser "a meca dos baixos salários" para as multinacionais.
Depois da manhã dedicada ao debate nas rádios entre quase todos os líderes parlamentares, a caravana bloquista arrancou para o segundo dia oficial de campanha ao juntar-se ao protesto de centenas de trabalhadores da Teleperformance, em Lisboa.
De microfone na mão a falar para os trabalhadores concentrados nas escadas do edifício, Mariana Mortágua, visivelmente emocionada a dada altura, defendeu que "há duas formas de estar na vida e de estar na política" porque "ou se está com quem trabalha ou se está com quem quer lucrar e explorar quem trabalha".
"Os partidos têm que fazer uma escolha: de que lado é que estão. Eu e o meu partido nunca vacilámos, pusemos a palavra precariedade no mapa, estivemos ao vosso lado em todas as lutas e estamos agora, faça chuva ou faça sol", assegurou.
A líder do BE disse "não, obrigada" às multinacionais que se instalam em Portugal "para explorar trabalhadores, para lhes pagar abaixo do salário mínimo", defendendo que trabalhadores da Teleperfomance "têm todo o direito a lutar por melhores salários" e deixando um agradecimento a estas centenas de pessoas por estarem a "lutar por um país mais digno".
"Um país que não aceita explorar o trabalho porque isto não é dignidade, não é modernidade, não é crescimento económico", disse, deixando depois umas palavras em inglês porque havia muitos trabalhadores de outros países presentes.
Antes, aos jornalistas, Mariana Mortágua tinha defendido que "Portugal não pode ser a meca dos baixos salários, não pode ser o país que atraí multinacionais porque paga salários de miséria".
"Esta é uma manifestação histórica. Quando a direita fala de grandes multinacionais que se instalam em Portugal este infelizmente é o modelo que temos: uma enorme multinacional que se recusa a pagar o salário mínimo porque diz que a residência que dá, a cama que dá aos trabalhadores já faz parte do salário e que se recusa a pagar os prémios aos trabalhadores", descreveu.
Em causa, nas palavras da líder do BE, estão "milhares de jovens qualificados que recebem o salário mínimo nacional ou abaixo dos mil euros".
"A luta pelos salários melhores, a luta que impeça os jovens de emigrar está aqui, está nestas pessoas que se manifestam hoje nesta manifestação histórica", enfatizou.
Para Mortágua esta é uma reivindicação justa e "Portugal não serve para isto" porque "não pode ser o offshore dos baixos salários onde milhares de jovens qualificados trabalham por uma casa e isso é considerado parte do seu salário".
"Muitas vezes quando a direita diz que é preciso atrair multinacionais para Portugal, aqui está um exemplo de um modelo errado", reiterou.
Centenas de trabalhadores da Teleperformance estão hoje concentrados, em Lisboa, reivindicando o aumento dos salários e o fim dos cortes nos prémios.
Os trabalhadores exigem ainda a progressão salarial de acordo com a antiguidade na empresa, o fim dos cortes nos bónus e da obrigatoriedade do pagamento do subsídio de refeição em cartão de refeição, que também querem ver aumentado.
A Teleperformance é uma multinacional, com presença em mais de 90 países e com cerca de 500.000 trabalhadores.
Em Portugal, conta com, aproximadamente, 14.000 trabalhadores e presta serviço a empresas como TAP, EDP, BPI, Santander, Meta, Google, Microsoft e Netflix.
Depois da manhã dedicada ao debate nas rádios entre quase todos os líderes parlamentares, a caravana bloquista arrancou para o segundo dia oficial de campanha ao juntar-se ao protesto de centenas de trabalhadores da Teleperformance, em Lisboa.
De microfone na mão a falar para os trabalhadores concentrados nas escadas do edifício, Mariana Mortágua, visivelmente emocionada a dada altura, defendeu que "há duas formas de estar na vida e de estar na política" porque "ou se está com quem trabalha ou se está com quem quer lucrar e explorar quem trabalha".
"Os partidos têm que fazer uma escolha: de que lado é que estão. Eu e o meu partido nunca vacilámos, pusemos a palavra precariedade no mapa, estivemos ao vosso lado em todas as lutas e estamos agora, faça chuva ou faça sol", assegurou.
A líder do BE disse "não, obrigada" às multinacionais que se instalam em Portugal "para explorar trabalhadores, para lhes pagar abaixo do salário mínimo", defendendo que trabalhadores da Teleperfomance "têm todo o direito a lutar por melhores salários" e deixando um agradecimento a estas centenas de pessoas por estarem a "lutar por um país mais digno".
"Um país que não aceita explorar o trabalho porque isto não é dignidade, não é modernidade, não é crescimento económico", disse, deixando depois umas palavras em inglês porque havia muitos trabalhadores de outros países presentes.
Antes, aos jornalistas, Mariana Mortágua tinha defendido que "Portugal não pode ser a meca dos baixos salários, não pode ser o país que atraí multinacionais porque paga salários de miséria".
"Esta é uma manifestação histórica. Quando a direita fala de grandes multinacionais que se instalam em Portugal este infelizmente é o modelo que temos: uma enorme multinacional que se recusa a pagar o salário mínimo porque diz que a residência que dá, a cama que dá aos trabalhadores já faz parte do salário e que se recusa a pagar os prémios aos trabalhadores", descreveu.
Em causa, nas palavras da líder do BE, estão "milhares de jovens qualificados que recebem o salário mínimo nacional ou abaixo dos mil euros".
"A luta pelos salários melhores, a luta que impeça os jovens de emigrar está aqui, está nestas pessoas que se manifestam hoje nesta manifestação histórica", enfatizou.
Para Mortágua esta é uma reivindicação justa e "Portugal não serve para isto" porque "não pode ser o offshore dos baixos salários onde milhares de jovens qualificados trabalham por uma casa e isso é considerado parte do seu salário".
"Muitas vezes quando a direita diz que é preciso atrair multinacionais para Portugal, aqui está um exemplo de um modelo errado", reiterou.
Centenas de trabalhadores da Teleperformance estão hoje concentrados, em Lisboa, reivindicando o aumento dos salários e o fim dos cortes nos prémios.
Os trabalhadores exigem ainda a progressão salarial de acordo com a antiguidade na empresa, o fim dos cortes nos bónus e da obrigatoriedade do pagamento do subsídio de refeição em cartão de refeição, que também querem ver aumentado.
A Teleperformance é uma multinacional, com presença em mais de 90 países e com cerca de 500.000 trabalhadores.
Em Portugal, conta com, aproximadamente, 14.000 trabalhadores e presta serviço a empresas como TAP, EDP, BPI, Santander, Meta, Google, Microsoft e Netflix.