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16 junho 2013 20h40

Nuno Crato: "Não podemos andar a jogar ao gato e ao rato com o calendário de exames"

O ministro da Educação afirmou esta noite, em entrevista à SIC, que o Governo recusou alterar a data dos exames agendados para segunda-feira por não ter recebido a garantia que os sindicatos marcariam greve para outros dias.
 
“Nós poderíamos fazer esta alteração [da data dos exames], que seria algo inédito, em nome dos alunos. Mas isso implicaria um reajustamento geral dos exames”, afirmou Nuno Crato, afirmando que essa solução foi equacionada mas não avançou, pois os sindicatos não garantiram que não iriam marcar greves para outros dias.
 
“Não podemos andar a jogar ao gato e ao rato com o calendário de exames”, disse o ministro, alertando que desse modo “andaríamos a marcar e a desmarcar exames até ao final da época”. “Se tivesse havido um compromisso dos sindicatos para não haver mais greves durante todo o período de exames, nós remarcaríamos [os exames de segunda-feira]. Mas os sindicatos não quiseram comprometer-se”, lamentou.
 
Argumentou que “não fomos nós que escolhemos esta data para a greve”, sendo que o calendário de exames está fixado “há meses”.
 
“Tentamos até ao fim” que a greve não afectasse os exames, mas o “melhor que conseguimos
Se tivesse havido um compromisso dos sindicatos para não haver mais greves durante todo o período de exames, nós remarcaríamos    Nuno Crato foi uma declaração do sindicato da UGT, de que não gostaria que houvesse uma escalada de greves”.
 
Nuno Crato recusou avançar com a actuação do Ministério da Educação em caso de existirem alunos que não façam os exames devido à greve. “Amanhã falaremos. Se houver problema analisaremos mas os alunos não podem ser prejudicados”, garantiu.
 
Admitindo que se fosse pai de um aluno com exame esta segunda-feira se sentiria “algo perturbado e revoltado”, o ministro da Educação apelou a que este conflito entre governo e sindicatos “seja ultrapassado rapidamente”, lamentando que “possa ter algum efeito sobre os alunos”.