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25 junho 2024
19h48
Fonte:
Jornal de Negócios
Nuno Melo está a estudar construção de fábrica de munições e volta a garantir que vai aumentar salários
O ministro da Defesa Nacional anunciou esta terça-feira que o Governo está a estudar a construção de uma fábrica de munições e voltou a garantir que vai aumentar remunerações nas Forças Armadas, sem concretizar para já valores.
Na sua primeira audição regimental na Assembleia da República, Nuno Melo anunciou que "muito em breve" levará ao parlamento a concretização de pormenores sobre a fábrica.
"É uma das áreas em que sabemos que a União Europeia toda, eu diria o mundo ocidental, é deficitária. A necessidade de se produzirem munições está identificada ao nível do Governo e muito em breve espero poder trazer a este parlamento a concretização desta fabrica de munições", afirmou.
Nuno Melo salientou que esta construção "tem regras", como a avaliação dos investidores, do modelo empresarial, a localização, a participação do Estado, e também uma perspetiva de lucro, defendendo que a indústria de Defesa "pode ser lucrativa".
"Identificámos já alguns parceiros, localizações, estamos a estudar modelos de negócio possíveis e isso há de ser concretizado a seu tempo", acrescentou.
Nuno Melo disse estar a trabalhar em medidas para aumentar remunerações nas Forças Armadas, que serão apresentadas "em breve" sem concretizar, para já, valores ou datas.
Em resposta a críticas do coordenador do PS para a Defesa, Luís Dias, que acusou o governante de não tomar decisões concretas e estar "num parque de diversões em turismo militar" nos ramos, o ministro da Defesa garantiu apenas que "em seis meses" fará muito mais do que os anteriores governos socialistas fizeram em oito anos.
"Nestes seis meses o senhor deputado vai ter aumento de salários, aumento de suplementos e melhores condições para antigos combatentes e, portanto, senhor deputado goze lá durante os últimos poucos dias esses que lhe restam ou semanas, nunca se sabe, essa coisa do 'não faz' porque já em breve o que o senhor vai dizer é 'fez'", respondeu Melo.
No início da audição, o ministro e presidente do CDS-PP salientou que "desde 2009 que os militares não têm atualizações salariais", afirmação contestada pelo PS que lembrou o reforço da componente fixa do suplemento da condição militar no ano passado.
Sobre a substituição dos caças F-16 por F-35, já pedida pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea sob pena de perda de soberania aérea, Melo disse apenas que o país terá que "a seu tempo, oportunamente pensar na substituição" daqueles aviões, tendo em conta "os montantes envolvidos que não são poucos".
O ministro afirmou que o Governo está "a ultimar a concretização de uma aeronave à imagem do KC-390 que tem dado grande resultado, da base Embraer com tecnologia portuguesa incorporada", a aeronave Super Tucano.
Melo adiantou que, caso este investimento avance, "já há intenções de compra de países NATO e não NATO", salientando que uma aeronave tem características ideais para atuar em África onde Portugal tem várias missões.
Durante a audição PS e PSD trocaram algumas acusações sobre falta de investimento nas Forças Armadas, com o coordenador da Defesa do PSD, Bruno Vitorino, a defender que os socialistas "deviam pedir desculpa" aos militares e a considerar injusta a comparação entre o mandato de dias do atual executivo minoritário PSD/CDS-PP com os anos de governação socialista.
Também o ministro foi salientando várias vezes ao longo das suas intervenções que tem apenas cerca de três meses no cargo e rejeitou a ideia de que tomou "poucas medidas".
Melo adiantou ainda que a Força Aérea vai disponibilizar, "sendo essa a vontade do Ministério da Saúde", dois helicópteros para ações de emergência médica no âmbito da saúde".
Sobre missões internacionais, o governante afirmou que Portugal tem neste momento 34 missões ativas com 1.755 militares envolvidos, e que o Governo pretende mantê-las e "até aumentar".
Também o conflito israelo-palestiniano foi tema da audição, depois de o líder parlamentar do BE, Fabia Figueiredo, ter questionado o ministro da Defesa sobre se achava que deveria haver um embargo de armas a Israel.
Melo, que salientou estar em causa uma "opinião pessoal", respondeu que não, que Israel tem direito a defender-se e que num conflito "não há só um anjo e um pecador".
Na sua primeira audição regimental na Assembleia da República, Nuno Melo anunciou que "muito em breve" levará ao parlamento a concretização de pormenores sobre a fábrica.
"É uma das áreas em que sabemos que a União Europeia toda, eu diria o mundo ocidental, é deficitária. A necessidade de se produzirem munições está identificada ao nível do Governo e muito em breve espero poder trazer a este parlamento a concretização desta fabrica de munições", afirmou.
Nuno Melo salientou que esta construção "tem regras", como a avaliação dos investidores, do modelo empresarial, a localização, a participação do Estado, e também uma perspetiva de lucro, defendendo que a indústria de Defesa "pode ser lucrativa".
"Identificámos já alguns parceiros, localizações, estamos a estudar modelos de negócio possíveis e isso há de ser concretizado a seu tempo", acrescentou.
Nuno Melo disse estar a trabalhar em medidas para aumentar remunerações nas Forças Armadas, que serão apresentadas "em breve" sem concretizar, para já, valores ou datas.
Em resposta a críticas do coordenador do PS para a Defesa, Luís Dias, que acusou o governante de não tomar decisões concretas e estar "num parque de diversões em turismo militar" nos ramos, o ministro da Defesa garantiu apenas que "em seis meses" fará muito mais do que os anteriores governos socialistas fizeram em oito anos.
"Nestes seis meses o senhor deputado vai ter aumento de salários, aumento de suplementos e melhores condições para antigos combatentes e, portanto, senhor deputado goze lá durante os últimos poucos dias esses que lhe restam ou semanas, nunca se sabe, essa coisa do 'não faz' porque já em breve o que o senhor vai dizer é 'fez'", respondeu Melo.
No início da audição, o ministro e presidente do CDS-PP salientou que "desde 2009 que os militares não têm atualizações salariais", afirmação contestada pelo PS que lembrou o reforço da componente fixa do suplemento da condição militar no ano passado.
Sobre a substituição dos caças F-16 por F-35, já pedida pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea sob pena de perda de soberania aérea, Melo disse apenas que o país terá que "a seu tempo, oportunamente pensar na substituição" daqueles aviões, tendo em conta "os montantes envolvidos que não são poucos".
O ministro afirmou que o Governo está "a ultimar a concretização de uma aeronave à imagem do KC-390 que tem dado grande resultado, da base Embraer com tecnologia portuguesa incorporada", a aeronave Super Tucano.
Melo adiantou que, caso este investimento avance, "já há intenções de compra de países NATO e não NATO", salientando que uma aeronave tem características ideais para atuar em África onde Portugal tem várias missões.
Durante a audição PS e PSD trocaram algumas acusações sobre falta de investimento nas Forças Armadas, com o coordenador da Defesa do PSD, Bruno Vitorino, a defender que os socialistas "deviam pedir desculpa" aos militares e a considerar injusta a comparação entre o mandato de dias do atual executivo minoritário PSD/CDS-PP com os anos de governação socialista.
Também o ministro foi salientando várias vezes ao longo das suas intervenções que tem apenas cerca de três meses no cargo e rejeitou a ideia de que tomou "poucas medidas".
Melo adiantou ainda que a Força Aérea vai disponibilizar, "sendo essa a vontade do Ministério da Saúde", dois helicópteros para ações de emergência médica no âmbito da saúde".
Sobre missões internacionais, o governante afirmou que Portugal tem neste momento 34 missões ativas com 1.755 militares envolvidos, e que o Governo pretende mantê-las e "até aumentar".
Também o conflito israelo-palestiniano foi tema da audição, depois de o líder parlamentar do BE, Fabia Figueiredo, ter questionado o ministro da Defesa sobre se achava que deveria haver um embargo de armas a Israel.
Melo, que salientou estar em causa uma "opinião pessoal", respondeu que não, que Israel tem direito a defender-se e que num conflito "não há só um anjo e um pecador".