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03 maio 2013 21h12

Partidos de esquerda reiteram oposição ao Governo após discurso de Passos

Bernardino Soares do Partido Comunista foi o primeiro deputado a reagir ao discurso de Pedro Passos Coelho, apelando aos portugueses para “tomem nas suas mãos a necessidade de demitir este Governo.”
 
A oposição às políticas anunciadas nesta sexta-feira foi o denominador comum entre os partidos de esquerda. Pedro Filipe Soares, assegurou à imprensa que “da parte do Bloco de Esquerda” pode ter-se “a certeza de que lutará contra os despedimentos na função pública. Contra o saque nas pensões.”
 
Já Heloísa Apolónia afirmou a oposição dos Verdes à proposta de despedimentos da função pública. O Governo propõe enviar “mais uma fornada de funcionários públicos para a rua. O que vem anunciar é a liquidação dos serviços  públicos. É o sonho do Governo mas não é, de todo, o sonho dos portugueses.”
 
Para o Partido Socialista, “o corte de quatro mil milhões de euros negociado pelo Governo com a troika” resulta do falhanço do executivo de Passos Coelho em cumprir as meta fixadas para os dois últimos anos.
 
João Ribeiro do PS afirmou que este é um objectivo que “não resolve os problemas dos portugueses. O que resolve [os problemas] é parar com a espiral recessiva, centrar esforços no crescimento da economia. O país exige que o Governo pare com a austeridade”, acrescentou. 
 
O economista e deputado do Partido Social Democrata, Miguel Frasquilho, também comentou as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, lembrando que as medidas enunciadas não são fechadas e estão abertas a propostas de todas as forças políticas.
 
Para Miguel Frasquilho, o ajustamento português resulta dos compromissos que Portugal assumiu com as autoridades internacionais. “Enquanto as orientações externas não mudarem, Portugal tem de cumprir” os compromissos que assumiu.
 
O deputado defendeu que a austeridade deve continuar a ser aplicada na esfera pública. As metas concentram-se “na redução estrutural da despesa pública e tem por objectivo reduzir a pesada carga fiscal que os portugueses comportam, afiançou.