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04 julho 2013 15h02

Passos e Portas reunidos pela terceira vez

O primeiro-ministro e Paulo Portas estarão novamente reunidos, de acordo com a SIC Notícias. Este é o terceiro encontro desde quarta-feira à noite, numa altura em que os dois tentam chegar a um acordo político que evite uma ruptura governativa.
 
Na quarta-feira à noite os dois responsáveis ainda reuniram, depois de Passos Coelho ter chegado de Berlim, onde participou numa reunião europeia que tinha como tem o fomento do emprego, e depois do CDS ter mandatado Paulo Portas para negociar com o primeiro-ministro.
 
Estas reuniões surgem depois de Paulo Portas ter apresentado a sua demissão e de Passos Coelho ter rejeitado aceitá-la antes de tentar chegar a um acordo com o líder do CDS.
 
Esta quinta-feira, os dois responsáveis voltaram a reunir-se, na Presidência do Conselho de Ministros durante menos de duas horas, segundo a Lusa, que cita fonte do Governo a classificar de "muito construtivo" o resultado da reunião.
 
Na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros desta quinta-feira, em que Paulo Portas foi o único ausente, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, confirmou à comunicação social que o presidente do CDS-PP se tinha deslocado à sede do Governo para se encontrar com o primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho.
 
"Posso confirmar que sei que o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros veio ter aqui à Gomes Teixeira com o primeiro-ministro. Se eles ainda estão no edifício ou não, isso não sei", declarou Luís Marques Guedes, depois de ter referido que o primeiro-ministro "tem um gabinete próprio" no edifício da Presidência do Conselho de Ministros.
 
A Comissão Executiva do CDS-PP mandatou na quarta-feira o presidente do partido, Paulo Portas, para se reunir com o presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, com o objectivo de encontrarem "uma solução viável para a governação em Portugal".
 
Na terça-feira, Pedro Passos Coelho fez uma declaração ao país em que manifestou surpresa pela decisão de Paulo Portas, defendeu ser "precipitado" aceitar esse pedido de demissão e afirmou que iria manter-se como primeiro-ministro e clarificar as condições de apoio ao Governo de coligação com o CDS-PP.
 
Paulo Portas demitiu-se na sequência da demissão de Vítor Gaspar de ministro de Estado e das Finanças, e da substituição deste por Maria Luís Albuquerque, divulgadas na segunda-feira.