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Pedro Reis: "África e Europa são confrontados com as mesmas realidades e desafios"
Durante o "Euroafrican Forum 2024", a decorrer na Nova SBE, o ministro apontou o paralelismo entre dois continentes "historicamente ligados": o desafio da captação de investimento externo, a aceleração no crescimento inclusivo, o combate à burocracia e o assegurar de "transparência e concorrência".
"Alinhando interesses entre os dois continentes, há uma agenda diplomática" que não deve ser ignorada, sustentou Reis.
Além disso, o ministro alertou para o aumento de investimento em setores que "permitem substituir as importações" africanas, de modo a gerar valor de mercado no continente, e ainda para os que dão "posicionamentos internacionais" - como é o caso do tecnológico.
Pedro Reis defendeu ainda a necessidade de reforçar eixos de cooperação económica, como PPP (parcerias público-privadas), que são mais valias "quando se fala em energia, infraestruturas, indústria". Para isso, é necessário um maior acesso a mercados e financiamento nos dois continentes, disse, deixando a crítica de que "há capital que não está a chegar ao terreno, não está a ser levantado".
"Na prática, quando queremos afirmar estes 'clusters', seja na Europa ou em África, estamos a alinhar contratação pública com melhores critérios internacionais, estamos a desenvolver centros de formação, fornecedores em rede - aproximando-os de grandes grupos económicos -, e estamos a falar de estimular a relação entre grandes diplomacias", reiterou. "As nossas economias só ganham em estarem mais integradas" acrescentou.