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Pelo menos 40 mortos em sala de espetáculos em Moscovo. Rússia fala em ataque terrorista
Um tiroteio na cidade de Moscovo provocou um incêndio no teatro Crocus City Hall, na tarde desta sexta-feira, avança o Sputnik. Há registo de pelo menos 100 feridos e pelo menos 40 mortos.
Cerca de 100 pessoas foram retiradas do edifício. No entanto, algumas ainda estão presas no interior da sala de concertos, informou a agência noticiosa estatal russa TASS. A mesma fonte indica que o telhado do teatro desabou.
Pelo menos cinco pessoas camufladas dispararam tiros. Os suspeitos abriram fogo e lançaram uma granada que iniciou um incêndio. Uma das testemunhas no local refere que os homens usaram uma metralhadora e "atiraram no meio da multidão".
A Guarda Nacional Russa está a fazer buscas no local para encontrar os autores do ataque à sala de espetáculos.
"As pessoas no corredor deitaram-se no chão para escapar do tiroteio, ficaram ali durante cerca de 15 a 20 minutos, depois disso começaram a rastejar para fora. Muitos conseguiram sair", referem.
Mais de 50 equipas de ambulâncias foram enviadas para o local, informou a agência de notícias RIA. A polícia e os bombeiros também estão no local. Um helicóptero também foi acionado para combater as chamas.
O tiroteio parece ter começado durante um concerto da banda "Picnic".
O governador da região de Moscovo, Andrei Vorobiev, já disse estar a caminho do teatro e que "todos os pormenores virão mais tarde", apresentando as condolências às vítimas mortais.
O presidente da Câmara de Mosocovo, Sergei Sobyanin, também já cancelou todos os eventos desportivos, culturais e outros eventos públicos de grande dimensão em Moscovo no fim de semana.
A Casa Branca, dos Estados Unidos da América, considera as imagens do tiroteio "horríveis" e apela para que todos os americanos que estejam em Moscovo permaneçam no local depois do tiroteio.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, apelou para que se condenasse o tiroteio ocorrido como "um crime monstruoso" e afirma que vai reforçar as medidas de segurança nos aeroportos e estações ferroviárias de Moscovo.
Yullia Navalnaya, viúva do líder da oposição russa Alexei Navalny, também já apresentou as condolências às famílias das vítimas. "Todos os envolvidos neste crime devem ser encontrados e levados à justiça", refere.
O conselheiro presidencial ucraniano Podolyak refere que a Ucrânia "não teve nada a haver com o tiroteio".
Vladimir Putin, presidente russo, já foi informado do tiroteio.