Voltar
20 dezembro 2023 11h42

Peso da despesa das famílias com habitação ?praticamente duplicou?

O peso dos encargos com habitação na despesa média das famílias portuguesas "praticamente duplicou" entre 2000 e 2022/2023, conclui o Instituto Nacional de Estatística.

A habitação concentrou 39% dos encargos, segundo os resultados provisórios do inquérito às despesas das famílias 2022/2023.

Embora o inquérito tenha sofrido alterações, o INE explica que através de fez um "exercício simplificado" para permitir comparações.

"O resultado mais evidente é o ganho de importância na estrutura da despesa média das famílias portuguesas dos encargos com a habitação que, entre 2000 e 2022/2023, praticamente duplicou", lê-se no destaque publicado esta quarta-feira.

Os dados mostram que o peso dos gastos associados à habitação, incluindo rendas, manutenção, eletricidade ou gás era de 19,8% em 2000, tendo passado para 26,6% em 2005/2006, para 29,2% em 2010/2011 e para 31,9% em 2015/2016, chegando aos 39% neste último inquérito relativo a 2022/2023.

"Em sentido oposto, o exercício de compatibilização da série temporal sugere que os encargos das famílias com alimentação e com vestuário e calçado perderam relevância na estrutura da despesa familiar, o que se estendeu, embora com menor expressão, à despesa com transportes e com acessórios, equipamento e manutenção associados à habitação", acrescenta o INE.

Os dados gerais concluem que dois terços do orçamento familiar são dedicados aos encargos associados à habitação (39,1%), alimentação (12,9%) e transportes (12,4%).

Notícia em atualização