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Recuperar o serviço militar obrigatório custaria até 70 mil milhões de euros à Alemanha
Reintroduzir o serviço militar obrigatório na Alemanha poderia representar um custo até 70 mil milhões de euros. Foi o que apurou o Instituto alemão Ifo, num estudo encomendado pelo Ministério Federal das Finanças.
O Ifo analisou os custos do recrutamento militar em três situações diferentes. O primeiro cenário pressupõe que toda uma faixa etária (100%) seria afetada. Nesse caso, o rendimento nacional bruto diminuiria 1,6%, ou seja, cerca de 70 mil milhões de euros.
O segundo cenário aproxima-se do que acontecia com a antiga conscrição, em que apenas um quarto do grupo etário (homens entre os 18 e os 45 anos de idade) era recrutado (25%). Aqui, o rendimento nacional bruto poderia diminuir 0,4%, ou seja, 17 mil milhões de euros.
Por último, se apenas 5% de um grupo etário for recrutado, o declínio é de 0,1 por cento ou 3 mil milhões de euros, aponta o estudo.
Estes custos surgem sobretudo porque os jovens, ao serem obrigados a completar um ano de serviço militar, só começariam a "acumular capital humano e ativos mais tarde" do que o habitual. Panu Poutvaara, diretor do Centro de Comparações Institucionais Internacionais e Investigação sobre Migrações, referiu que, como alternativa ao recrutamento militar obrigatório, poderá fazer mais sentido tornar a carreira nas Forças Armadas alemãs mais atrativa, aumentando, por exemplo,os salários dos militares.
Embora a solução de aumentar os recursos financeiros das Forças Armadas represente um maior encargo para o orçamento nacional, os custos em termos de produção económica seriam quase metade dos que se observam com o cenário da conscrição obrigatória: 37 mil milhões de euros em vez de 70 mil milhões de euros (no cenário de 100%), 9 mil milhões de euros em vez de 17 mil milhões de euros (no cenário de 25%) e 2 mil milhões de euros em vez de 3 mil milhões de euros (no cenário de 5%).
O estudo do Ifo sublinha ainda que os custos do serviço militar obrigatório não seriam distribuídos de forma homogénea por toda a sociedade, mas seriam sobretudo suportados pelos próprios conscritos, já que o serviço militar obriga os recrutas a adaptarem os seus planos de formação e de carreira. "Se apenas uma pequena parte de um grupo etário fosse recrutada, isso levantaria dúvidas consideráveis sobre a justiça do recrutamento, tendo em conta a distribuição desigual dos encargos", afirma Poutvaara.
Por outro lado, numa solução de investimento em salários mais elevados, todos teriam de financiar de igual modo o aumento das despesas públicas. "No caso da conscrição, quase não há custos para os que não são recrutados. Isto pode explicar porque é que a conscrição é tão popular, especialmente entre os grupos etários que não seriam afetados por ela", explica Marcel Schlepper, especialista militar do ifo.
Em julho de 2011 a Alemanha suspendeu a obrigatoriedade legal do serviço militar, introduzido em 1956. Agora, perante o comportamento agressivo da Rússia, há um intenso debate sobre a sua reintrodução.