O Governo está avançar pelo menos dois valores diferentes para o aumento do salário mínimo nacional em 2025.
"O Governo falou a uns em 860 e a outros em 870. Connosco falou em 860", revela o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) em entrevista ao Negócios e Antena 1.
Francisco Calheiros não se compromete com o aumento sem conhecer as contrapartidas que o Executivo vai propor. "Há um acordo de rendimentos e produtividade que falta cumprir, está cumprido a 60%. Para haver algo fora disso, vamos ouvir o governo. Tenho de esperar pela reunião bilateral", adianta.
O representante do Turismo na Concertação Social assegura no entanto que se o valor final for 860 euros, a maioria das empresas do setor não terá problemas em fazer o aumento. "Se o turismo aguenta um salário mínimo de 860? A resposta é muito clara: a maioria, sim. O maior grupo hoteleiro paga mil euros", diz.
No entanto, realça que também pode haver casos de maior dificuldade: Por exemplo, a restauração está a atravessar uma fase muito complicada. É nesses que tenho que pensar e não naqueles onde tudo corre bem. Um pequeno restaurante com cinco funcionários, em que o que se pode pôr em causa é se é 820 ou é zero, qual é melhor?", questiona.
