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13 junho 2013 16h15

Selassie: "Défice pode ser ajustado dependendo da evolução da economia"

“Temos sempre dito que os estabilizadores automáticos devem funcionar. A meta de défice pode ser ajustada dependendo da evolução da economia”, afirmou Abebe Selassie, numa conferência telefónica realizada esta tarde, a partir de Washington. “Somos muito pragmáticos. A chave é atingir um equilíbrio.”
 
Ou seja, o representante do Fundo abre a porta a que, caso a recessão deste ano e de 2014 seja maior do que se estima actualmente, a troika possa autorizar um défice mais elevado, acomodando aumentos da despesa com subsídio de desemprego, por exemplo. Até agora, a troika já autorizou duas flexibilizações de défice a Portugal.
 
Em Maio, tanto Pedro Passos Coelho como Paulo Portas já avisaram que a meta de défice para 2014 é “muito difícil” de cumprir. No entanto, no comunicado enviado ontem às redacções, Nemat Shafik, vice-directora do FMI parecia apontar em sentido contrário: “a margem para futuros desvios deste caminho já revisto do défice é limitada, devido às elevadas necessidades de financiamento e rácio de dívida pública.”
 
O chefe de missão do FMI esclareceu esta tarde que a troika está mais atenta a indicadores estruturais do que a outros que possam ser influenciados pelo ciclo económico.