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22 maio 2013 20h24

Só com melhoria no emprego é que Fed diminui ritmo de estímulos à economia dos EUA

A maioria dos governadores que pertencem à Reserva Federal norte-americana considera que o mercado laboral dos Estados Unidos melhorou. Muitos falam de um progresso desde a introdução do programa de compra de activos por parte da autoridade monetária, no ano passado.
 
“Contudo, muitos desses participantes indicaram que é necessário um progresso continuado, uma maior confiança nas perspectivas [futuras] ou a descida dos riscos antes de ser apropriado reduzir o ritmo de compras [de activos]”, assinala o comunicado da Reserva Federal dos EUA relativo ao encontro de 30 de Abril e 1 de Maio (as minutas da reunião só são distribuídas três semanas depois dos encontros ocorrerem).
 
De acordo com o que foi decidido nessa reunião, o comité das operações do mercado aberto (FOMC, na sigla original) decidiu manter a compra de 40 mil milhões de dólares por mês de activos hipotecários e de 45 mil milhões de dólares por mês em títulos do Tesouro a longo prazo. Esse ritmo será acelerado ou abrandado conforme a evolução do mercado e da inflação – mas o limite poderá ser colocado nos próximos encontros, segundo cita a agência Reuters.
 
Um dos membros do comité que é liderado por Ben Bernanke não concorda com a avaliação de que se deva manter este ritmo de compras porque acredita que este poderá aumentar os riscos em relação a desequilíbrios económicos e financeiros no longo prazo.
 
Mesmo depois de terminar o programa de compra de activos, a chamada terceira ronda de flexibilização quantitativa, a Fed pretende manter “uma política monetária altamente acomodatícia” por um considerável período de tempo.
 
O comité decidiu manter a meta para as taxas de juro em torno de zero e 0,25%.
 
Ben Bernanke, o presidente da Fed, afirmou hoje, numa declaração no Congresso, que a economia norte-americana continua a ser prejudicada pelo elevado número de desempregados e pelos cortes orçamentais. Nesse sentido, na sua opinião, a redução dos estímulos monetários de forma precipitada poderia pôr em risco a recuperação económica.