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24 junho 2024 12h07

Taxa de poupança das famílias recuperou para 8% no primeiro trimestre

A taxa de poupança das famílias recuperou no primeiro trimestre para um nível em linha com a situação prévia à invasão russa da Ucrânia e ao choque inflacionista, com mais rendimento posto agora de lado, não obstante as melhorias que se têm registado nos indicadores de confiança.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de poupança avançou no primeiro trimestre para 8%. É um salto significativo face aos 6,6% de rendimento disponível bruto que era posto de parte no quarto trimestre de 2023.

Esta evolução decorre de uma aceleração no rendimento disponível bruto, para 2,6% de crescimento no ano terminado em março, em termos nominais, enquanto o consumo privado se limitou a avançar 1,1% (apenas 0,3% em termos reais).

Naquela que é a melhor medida para a avaliar a evolução dos rendimentos dos particulares num período de inflação elevada, o INE aponta para 1,5% de melhoria real dos rendimentos dos residentes ajustados, per capita (0,5% de subida no trimestre anterior).

Aqui, é tido em conta o rendimento disponível bruto ajustado para incluir bens e serviços públicos prestados às famílias (como a comparticipação de medicamentos) obtido em média por habitante, e descontada inflação. 

Já o consumo final real per capita praticamente estagnou, avançando meros 0,1% (subia 0,4% no trimestre final de 2023).

O INE indica ainda que no início deste ano o investimento das famílias - essencialmente, em habitação - se manteve praticamente cosntante. A taxa de formação bruta de capital fixo das famílias foi de 5,6% (5,7% no trimestre anterior).