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Taxas de transporte aéreo de carga sobem com o conflito no Mar Vermelho
A crise do transporte marítimo no Mar Vermelho começou por não afetar o preço do transporte aéreo, já que o efeito negativo dos ataques houthis, que começaram há cerca de dois meses, coincidiu com a época de calma e pouca procura do pós-Natal.
Agora, as consequências do conflito no Canal do Suez começam a ser sentidas. Com as taxas de frete marítimo a aumentarem em 300%, muitas empresas de transporte de mercadorias garantem cada vez mais espaço na carga aérea, de forma a evitar atrasos no envio de produtos aos clientes.
Pela primeira vez em sete semanas, as taxas de transporte aéreo aumentaram, o que se vai refletir no preço dos voos, especialmente vindos do continente asiático.
O índice do Baltic Air Freight, que analisa semanalmente as taxas transacionais de carga geral em várias rotas, subiu 6,4% desde a semana passada até esta segunda-feira, 29 de janeiro, revertendo as quedas registadas em meados de dezembro de 2023, época de pico sazonal, avançou a TAC Index à Reuters.
"O aumento está em linha com as expectativas de que as taxas possam subir após a interrupção do transporte marítimo no Mar Vermelho, embora fontes também apontem que as taxas muitas vezes aumentam na preparação do Ano Novo Chinês", afirmou a TAC Index.
Na China, muitas fábricas encerram oito dias por causa do Ano Novo Lunar, que este ano se celebra a 10 de fevereiro, o que faz com que as empresas pressionem para acabarem com os stocks antes desta data. Depois disso, vão-se notar mais atrasos na entrega de mercadorias.
O frete aéreo é mais caro do que o marítimo e representa menos de 1% do comércio global em volume, de acordo com a associação do setor aéreo IATA.
Para participar no Fórum do Caldeirão de Bolsa dedicado à insegurança no Mar Vermelho clique aqui.
* Texto editado por Pedro Curvelo