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21 novembro 2023 17h01

Técnicos superiores: Governo quer reduzir saltos necessários para "possibilitar" chegar ao topo, diz o STE

O Governo vai reduzir o número de posições remuneratórias da carreira de técnico superior para "permitir" que os trabalhadores possam ter como horizonte "chegar ao topo ou próximo do topo", de acordo com a descrição da presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos (STE). 

Aos jornalistas, Helena Rodrigues (STE) lembrou que atualmente um técnico superior precisa de 120 anos para chegar ao topo da carreira. Uma conclusão geralmente referida pelos sindicatos que tem por base o facto de a grande maioria (75%) só progredir de dez em dez anos, quando há 12 posições até ao topo.

"Aquilo que nos interessa é a disponibilidade de perspetivar uma carreira em que o trabalhador consiga prever em quanto tempo vai chegar ou ao topo ou perto do topo da sua carreira", disse, admitindo que as 14 posições possam passar para 11, mas sem revelar se alongar nos detalhes.

Na semana passada, o Governo já tinha concluído as negociações sobre a revisão do sistema de avaliação de desempenho (SIADAP), que vai passar a exigir oito pontos em vez de dez para uma progressão, ao mesmo tempo que alarga as quotas.

Com esta alteração à carreira que ia ser negociada em 2024, negociação que o Executivo decide agora antecipar, com objetivo de aprovar antes de entrar em gestão, haverá um duplo efeito.

A ideia é, também neste caso, que o diploma entre em vigor em 2025.

A esta carreira geral com 78 mil pessoas podem concorrer licenciados em Direito, Economia, Engenharia Civil, Arquitetura ou Gestão, por exemplo, como se viu pelo concurso prévio ao recrutamento de mil novos técnicos superiores.

As atuais 14 posições remuneratórias desta carreira geral começam nos 1.122,84 euros, embora esta primeira posição seja por exemplo para assistentes técnicos que estejam em mobilidade. O percurso natural de um licenciado é entrar pela segunda posição, de 1.333,35 euros.

No topo, a posição 14, atualmente correspondente aos 3.561,11 euros brutos, estão apenas 0,9% dos técnicos superiores, segundo dados divulgados em julho pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Notícia em atualização