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31 janeiro 2024 15h09

UE quer lançar missão naval no Mar Vermelho em fevereiro

Ainda está por decidir o país que vai assumir a liderança, mas a União Europeia anunciou uma missão naval a ser enviada para o Mar Vermelho, em meados do próximo mês, que vai começar com três navios.

 

Josep Borrell, alto representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, espera que a 17 de fevereiro a operação possa ser lançada, mas diz que "nem todos os estados-membros estarão dispostos a participar", avançou a Reuters.

 

Borrell garantiu, no entanto, que "ninguém irá obstruir" a nova missão de Bruxelas, apelidada de "Aspides" – que significa protetor.

 

O objetivo vai ser escoltar os navios transportadores de mercadorias para a Europa e protegê-los de possíveis ataques comerciais pela milícia houthi, do Iémen, que dizem estar a agir em solidariedade com os palestinianos enquanto Israel não abandonar Gaza.

 

Borrell esclarece ainda que a nova missão não passa por participar nos ataques contra os rebeldes apoiados pelo Irão, em declarações aos jornalistas antes de uma reunião de ministros da Defesa da União Europeia esta quarta-feira, 31 de janeiro.

 

O chefe de política externa afirmou que nessa reunião seria definida a estrutura do comando da missão: qual o país na linha da frente, localização do quartel-general, quem são os estados-membros que vão participar e com quais recursos.

 

França, Grécia e Itália demonstraram interesse em liderar a operação. Outros sete países indicaram que estão disponíveis para enviar meios navais e que esta ação será semelhante a outras da União Europeia que já existem no Médio Oriente.

 

Na região estão já presentes navios de guerra italianos e franceses e a juntar-se a eles estará a fragata alemã Hesse.

 

A primeira missão do Ocidente contra os ataques comerciais no Mar Vermelho começou em dezembro, de modo a dissipar os receios de que a perturbação numa das principais artérias comerciais do mundo pudesse afetar a economia global, sublinharam os norte-americanos.

 

Muitos transportadores comerciais tomaram a decisão de desviar os navios do Canal do Suez, visado pela sequência de ataques houthis. Uma das soluções encontradas passa por fazer a travessia do Cabo da Boa Esperança, ao redor de África, o que acrescenta cerca de um milhão de dólares em combustível extra para uma viagem até norte da Europa, de acordo com dados do LSEG.

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