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06 maio 2024 23h06

"Quem parece que está a trabalhar para eleições é o Governo", diz Pedro Nuno Santos

O líder socialista considerou esta segunda-feira que "quem parece que está a trabalhar para eleições é o Governo" e assegurou estar disponível para uma maioria com PSD/CDS que permita viabilizar as negociações que sejam concluídas com diferentes grupos profissionais.

"Nós não estamos a trabalhar para eleições, quem parece que está a trabalhar para eleições é o Governo", respondeu Pedro Nuno Santos numa entrevista esta noite à SIC e à SIC Notícias quando questionado sobre se espera eleições legislativas antecipadas.

O secretário-geral do PS reiterou as críticas que tem feito ao primeiro mês do Governo de Luís Montenegro - que classificou de "mau Governo" - contrapondo que, ao contrário do executivo, o PS não criou "nenhum grupo parlamentar de combate", mas sim uma bancada de deputados "de qualidade que faz o seu trabalho".

"Nós não nos vamos anular, não vamos deixar de existir, de apresentar as nossas propostas, de nós batermos por elas. Faremos isso com um grande sentido de responsabilidade", enfatizou.

Sobre as negociações com os professores, Pedro Nuno Santos sublinhou que o importante é que o Governo consiga chegar a um acordo com estes e com outros profissionais com quem se está a reunir neste momento.

"Mais uma vez uma amostra de que nós não somos uma força de bloqueio, mas sim de responsabilidade porque nós disponibilizamo-nos para construir uma maioria com o Governo que permita viabilizar as negociações que concluírem com os sindicatos", disse.

A questão da justiça esteve presente em muitas das perguntas que foram feitas ao líder do PS, que recordou a iniciativa conhecida a semana passada de várias "personalidades de reconhecido mérito na sociedade portuguesa" que lançaram um debate sobre este tema que deve ser feito no país.

"E aí está um bom exemplo, é uma matéria onde é muito importante que o PS e o PSD se possam encontrar e discutir em conjunto, trabalhando em conjunto todas as matérias de regime, nomeadamente justiça, política externa, política de defesa", disse.





JF // RBF

Lusa/fim