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Criptomoedas: ainda valem a pena?

As criptomoedas voltaram a entrar no radar dos investidores, após a eleição de Donald Trump e a sua aparente advocacia ao ativo, com a Bitcoin a ultrapassar a casa dos $100 000, depois de em meados de 2022, ter atingido mínimos de $15 000.
De facto, ao longo da campanha, Trump sugeriu que fossem tomadas um conjunto de medidas que favorecem a regulação destes ativos. Ainda que não esteja exatamente claro como o vai fazer, alguns dos principais comentários incluem o "despedimento de Gary Gensler” o atual chairman da SEC ("Securities and Exchange Comission”) que tem tomado ações agressivas à regulamentação do ativo; a "criação de um conselho de assessoria presidencial para a Bitcoin e para os criptoativos” e a intenção de promover a "mineração” destes ativos nos EUA.
Portanto, apesar a advertência aos criptoativos prevalente desde a mineração da primeira Bitcoin, cada vez mais a narrativa é que os criptoativos estão cá e vieram para ficar, com muitas entidades governamentais a tomarem passos essenciais para a sua proliferação. No entanto, nenhuma revolução aparece sem os seus percalços, e tal como a Internet no início do milénio, também os cripoativos vão estar sujeitos a entraves até serem totalmente integrados nos mercados tradicionais.
Ainda que especulativa, esta classe de ativos tem potencial para transformar o mundo financeiro. Neste artigo, exploramos os prós e contras de investir em criptomoedas.
O que são criptomoedas?
As criptomoedas são ativos digitais que recorrem à criptografia para garantir a segurança e autenticidade das transações em que estão envolvidos. Na generalidade dos casos, estas transações são gravadas numa "distributed ledger” (DL). Uma DL é simplesmente uma base de dados partilhada em rede, onde cada participante detém uma cópia idêntica da mesma, e onde novas entradas são validadas através de um mecanismo de consenso. A Blockchain é a tecnologia que organiza dados em blocos encadeados no formato sequencial de atualização de informação destas DL.
De forma, para realizar transações nestas blockchains (rede), são necessárias uma chave privada e uma chave pública. A chave privada é única e exclusiva do utilizador, representando a assinatura digital encriptada em cada transação realizada. A chave pública é visível para todos os intervenientes da rede e é a forma como os utilizadores da rede são identificados. Ambas são representadas por um endereço. A carteira digital (e-wallet), onde os criptoativos são mantidos é simplesmente uma representação destas duas chaves digitais. Uma chave para validar e uma chave para identificar o utilizador.
Ao contrário do que acontece com outros ativos, as criptomoedas apenas existem como valores virtuais. Assim, não são criadas pelo governo nem dependem de nenhuma entidade financeira para serem negociadas, contando apenas com as partes diretamente envolvidas. A estabilidade destes ativos digitais não está associada a nenhuma autoridade. São, em teoria, imunes à interferência ou manipulação governamentais.
A exposição a criptomoedas pode ser feita de forma direta ou indireta, como por exemplo, via o Crypto Fx, disponibilizado pelo Banco Carregosa aos seus Clientes.
Quais as vantagens em investir em criptomoedas?
Há vários motivos que levam investidores de todo o mundo a considerar as criptomoedas na sua estratégia de valorização de capital. Em primeiro lugar, a sua elevada valorização e volatilidade que atrai a atenção de investidores mais agressivos. Desde os mínimos registados em 2022 (cerca de $15 000), que a moeda atingiu um novo máximo acima dos $100 000. Em segundo lugar, sendo uma nova classe de ativo, existe um certo grau de descorrelação com os mercados financeiros. Contudo, à medida que os investidores introduzem este ativo nas suas carteiras é de esperar um aumento da correlação com os mercados, visto estar sujeita a condições comuns a outros ativos tradicionais. Por exemplo, a queda registada em 2022, deveu-se em grande parte aos aumentos das taxas de juro e receios de uma recessão.
A ideia da Bitcoin ser o novo "ouro digital” caiu por terra, visto esta ter desvalorizado em linha com o mercado. Em terceiro lugar, as criptomoedas são continuamente transacionadas, 24 horas por dia, 7 dias por semana – ao contrário do que acontece, por exemplo, com as ações, que apenas podem ser negociadas durante o horário regular, o que permite uma maior flexibilidade na realização de ordens e uma maior transparência nas alterações de valor do ativo.
Finalmente, apesar do elevado grau especulativo, existe uma série de projetos financiados pela emissão de criptomoedas dos quais se assimilam ao chamado "venture investing”. Este nicho de mercado foca-se em empresas no seu estado inicial – o momento, com maior potencial de apreciação de capital.
Estas são as principais vantagens destes ativos digitais, mas é importante contrabalançar a perspetiva com o outro lado da moeda.
Quais os riscos em investir em criptomoedas?
Antes de investir em criptomoedas, é essencial compreender os riscos associados para poder avaliar se podem ser integradas na sua estratégia de investimento. Desde logo, como já referido, as criptomoedas são ativos extremamente voláteis, com a BTC e a Ethereum a desvalorizarem entre 80-90%, durante períodos dos seus ciclos.
Além disso, dada a "infância” da indústria, a falta de regulamentação e legislação, (especialmente no que toca à proteção do investidor), permite a proliferação de esquemas e de criptomoedas que pouco ou nenhum valor adicionam à indústria e resultam meramente de uma tentativa de captura de capital aos investidores menos informados. Como exemplo surgem os milhões de depositantes que se viram defraudados no escândalo da FTX, uma das principais bolsas de compra e venda de criptomoedas, antes do seu colapso. Adicionalmente, a falta de histórico na generalidade das criptomoedas, limita a capacidade de avaliar o comportamento passado do ativo, perante diferentes condições de mercado.
Em suma, o pouco tempo de existência da indústria é talvez o maior risco associado ao ativo. Todavia, com o interesse dos governos e os contínuos avanços na regulação e legislação, bem como a maior adesão de novos investidores, deveremos presenciar uma redução dos níveis de volatilidade e riscos inerentes ao ativo.
Como ganhar exposição criptomoedas
Existem diferentes formas de investir neste mercado em constante evolução.
1. Comprar diretamente criptomoedas
Comprar criptomoedas diretamente continua a ser uma das formas mais acessíveis de entrar no mercado. Ao adquirir criptomoedas, o investidor está, essencialmente, a comprar e a possuir um ativo digital. Este método permite-lhe ter controlo total sobre os seus investimentos, podendo armazenar as criptomoedas numa e-wallet à escolha.
A vantagem principal desta abordagem é a possibilidade de capitalizar diretamente com a valorização das criptomoedas. No entanto, é importante estar consciente da volatilidade extrema que caracteriza este mercado, o que exige que o investidor acompanhe as flutuações do mercado e esteja preparado para agir rapidamente, se necessário.
2. Comprar ETF de índices que seguem criptomoedas
Para investidores que preferem transmitir a responsabilidade da gestão de carteiras digitais mas, ao mesmo tempo, manter uma exposição ao mercado cripto, os ETF (Exchange Traded Funds) são uma alternativa. Estes ETF podem replicar o comportamento de uma ou várias criptomoedas sob um formato de capital coletivo, e o investidor expõe-se através de unidades de participação destes ETF, sem possuir diretamente estes ativos. Ao serem negociados em bolsas de valores tradicionais, como a NYSE ou a LSE, proporcionam uma maior segurança regulamentar. Além disso, são geridos por profissionais. No caso de ETF que acompanham múltiplas criptomoedas, estes podem oferecer uma alternativa de diversificação aos investidores.
3. Investir em fundos/ETF de empresas expostas a criptoativos
Para quem procura uma abordagem mais conservadora, investir em fundos ou ETF que alocam capital em empresas expostas aos criptoativos é uma alternativa viável. Estes produtos, podem incluir empresas que desenvolvem tecnologia blockchain e até mesmo startups inovadoras no setor, oferecem uma exposição indireta ao mercado cripto.
As principais vantagens são a diversificação e a gestão profissional. O investidor beneficia da experiência de gestores de fundos que selecionam ativamente ou passivamente as empresas nas quais o fundo investe. Além disso, este tipo de investimento tende a ser menos volátil do que a compra direta de criptomoedas, pois o fundo está normalmente diversificado em várias empresas e setores, diluindo assim o impacto de eventuais quedas no mercado cripto.
4. Comprar ações de empresas relacionadas com criptomoedas
Outra forma de investir é a compra de ações de empresas diretamente envolvidas no setor das criptomoedas. Empresas como a Coinbase (uma das maiores exchanges de criptomoedas), a Riot Blockchain (focada em mineração), ou mesmo gigantes tecnológicos como a Nvidia, que fornece hardware essencial para a mineração de criptomoedas, são exemplos de oportunidades de investimento.Investir em ações destas empresas permite ao investidor estar exposto ao crescimento da indústria cripto, sem ter de possuir criptomoedas. Além disso, as empresas cotadas em bolsa estão sujeitas a regulamentações rigorosas e relatórios financeiros, o que oferece um nível adicional de transparência.
5. Crypto FX
Crypto FX, são pares de moedas que envolvem criptomoedas e moedas fiduciárias, como o Bitcoin/euro (BTC/EUR) ou o Ethereum/dólar americano (BTC/USD). Basicamente, é o mercado cambial das criptomoedas, onde pode negociar tendo em consideração as suas perspetivas de valorização ou desvalorização de uma criptomoeda em relação a uma moeda tradicional.
Este tipo de negociação pode ser especialmente atrativo para quem já está familiarizado com o mercado Forex e quer explorar novas oportunidades no universo das criptomoedas. No entanto, como em qualquer mercado cambial, é essencial ter uma boa noção do timing e das tendências para não correr riscos desnecessários.
Veredito: as criptomoedas valem a pena?
Os investidores que queiram investir em criptomoedas devem fazer todas as diligências que fariam com qualquer outro investimento. É importante não ser influenciado por vozes que anunciam que esta ou aquela moeda está a mudar o mundo, e manter os pés assentes na realidade.
Posto isto, é possível obter ganhos muito significativos investindo em criptomoedas, mas os riscos também são elevados.
Se investir em criptomoedas lhe parece demasiado arriscado, poderá considerar outras alternativas menos voláteis, como, por exemplo, comprar ações de empresas com exposição à criptomoeda. A gestão de risco é um elemento inerente ao mundo dos investimentos, e é no suporte às decisões de investimento informadas e seguras, que Banco Carregosa se destaca.
Qualquer que seja a sua visão, é importante rodear-se de profissionais experientes e especializados, que tenham atravessado os altos e baixos do mercado ao longo de décadas, e que o acompanhem tendo em conta o seu próprio perfil de risco. Conte com a equipa do BancoCarregosa para o orientar na melhor estratégia de, não só proteger o seu património, como também valorizar o seu capital.