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11 janeiro 2024 12h35

Volatilidade: o que é e como geri-la

Volatilidade: o que é e como geri-la

Volatilidade o que é e como gerir 

 

Temida por uns, aproveitada por outros. Descubra o que é a volatilidade e como beneficiar das oportunidades que gera.

 

Saber lidar com a volatilidade dos mercados é essencial para qualquer investidor, especialmente em áreas emergentes e campos inovadores. Descubra o que é a volatilidade, quais os fatores que a determinam e como a gerir. 

 

 

O que é a volatilidade nos investimentos?

A volatilidade mede as flutuações de valor de um dado ativo financeiro num determinado período. Os investidores utilizam a volatilidade para avaliar o risco associado a um determinado investimento. Ativos mais voláteis mudam significativamente de valor em curtos períodos de tempo, o que pode resultar em ganhos substanciais, mas também em perdas consideráveis. Ativos menos voláteis, por outro lado, tendem a ter flutuações de preço mais suaves ou de menor amplitude.

 

Contudo, a volatilidade não indica necessariamente uma tendência sustentada a longo prazo, mas apenas a intensidade das flutuações. Os investidores podem usar estratégias diferentes com base nas condições de volatilidade do mercado para gerir riscos e tomar decisões mais informadas.

 

 

Como funciona a volatilidade?

Existem vários fatores que podem afetar a volatilidade nos mercados financeiros, sendo que, muitas vezes, estão interligados, exercendo uma influência conjunta. Os principais fatores incluem: 

 

1. Fatores geopolíticos, económicos e financeiros 

Eventos económicos e geopolíticos inesperados, crises financeiras e decisões de política monetária podem influenciar significativamente a volatilidade. Por exemplo, taxas de inflação, de desemprego, de juro ou outros anúncios do Banco Central podem provocar movimentos substanciais nos mercados financeiros.

 

2. Comportamento dos investidores

A volatilidade não é apenas uma resposta objetiva às condições económicas, mas também pode ser determinada pelas emoções e perceções dos participantes do mercado. Por exemplo, em períodos de crise ou euforia, os investidores podem tomar decisões impulsivas que exacerbam a volatilidade- como vendas massivas ou compras excessivas, gerando o efeito de manada. 

 

3. Desempenhos empresariais 

Os desempenhos de empresas individuais, de setores ou mesmo de economias nacionais podem influenciar a confiança dos investidores e a dinâmica do mercado. Se os resultados superam as expectativas, as ações podem valorizar rapidamente, ao passo que uma performance aquém do esperado pode originar quedas acentuadas. Outros fatores, como o desenvolvimento de produtos inovadores ou mudanças na administração e liderança, podem igualmente afetar a volatilidade. 

 

 

"Índice VIX”, o indicador de volatilidade

O Índice VIX é um indicador que mede a expectativa de volatilidade do mercado de ações nos EUA para 30 dias. É também conhecido como o "Índice do Medo" porque tende a aumentar em momentos de stress ou incerteza nos mercados.

 

Este índice é calculado usando as opções de compra e venda do índice S&P 500. O cálculo envolve uma fórmula complexa que leva em consideração as opções de diferentes vencimentos e preços.
A interpretação do Índice VIX é simples: quanto maior o índice, maior é a expectativa de volatilidade no mercado, indicando um ambiente mais arriscado e incerto. Por outro lado, um VIX mais baixo sugere menor expectativa de volatilidade e, portanto, um ambiente de mercado mais calmo.

 

Contudo, apesar de o Índice VIX ser um indicador importante e amplamente utilizado, não prevê a direção específica dos movimentos do mercado, mas apenas a amplitude da volatilidade esperada. Por este motivo, os investidores devem considerar vários indicadores e análises em conjunto ao tomar decisões de investimento.

 

 

Como gerir a volatilidade de forma prática?

Gerir a volatilidade envolve a implementação de estratégias e a adoção de boas práticas para proteger os investimentos e reduzir os riscos associados aos movimentos bruscos nos mercados financeiros. Estes são alguns dos passos a considerar. 

 

Diversificação da carteira

Distribuir os investimentos entre diferentes classes de ativos, como ações, títulos, imóveis e outros, ajuda a reduzir o risco de perdas concentradas numa única área. Se uma classe de ativos enfrentar um período mais desafiante, outras podem tem um comportamento mais favorável e, por isso, oferecer mais equilíbrio à carteira como um todo.

 

Definição de objetivos e do perfil de risco

Este é um passo importante antes de tomar qualquer decisão de investimento. Se o investidor estiver mais confortável com riscos moderados, a alocação de ativos deve refletir isso, evitando exposições excessivas a ativos mais voláteis. Dito doutra forma, a alocação de ativos deve espelhar os seus objetivos financeiros, horizonte de investimento e a disposição para aceitar a volatilidade.

 

Utilização de Ordens de Stop-Loss

As Ordens de Stop-Loss podem ser importantes para limitar perdas em posições específicas. Estas ordens fecham as posições se o seu preço atingir um valor pré-estabelecido, o que ajuda a limitar perdas em momentos de volatilidade. 

Por exemplo, alguns investidores escolhem definir stop-loss a uma percentagem específica abaixo do preço de compra. Também podem optar por stop-loss dinâmicos, que levam em conta as condições em constante mudança e ajudam a ajustar a ordem stop às variações de mercado.

 

Utilização de "alertas de preços”

Pode utilizar os alertas de preços para auxiliar a colocação de ordens de stop-loss (limitar a perda) ou stop-profit ("money-management”) das posições de ganhos que é tão ou mais relevante como a seleção do ativo e o momento da decisão de entrada, especialmente, quando a volatilidade dos mercados aumenta.

 

 

Lide com a volatilidade com o Banco Carregosa

A gestão da volatilidade deve ser sempre ajustada aos objetivos, horizonte temporal e tolerância ao risco do investidor. Não existe uma abordagem universal eficaz para todos os investidores, pelo que é essencial procurar orientação profissional especializada. Pode recorrer a ETF’s para uma gestão de risco de muito curto-prazo ou através de opções (exemplo: volatilidade elevada tende a aumentar os prémios dos seus contratos Call e Put), pelo que Conte com a equipa do Banco Carregosa para avaliar a sua situação individual, definir objetivos e desenvolver estratégias de investimento personalizadas.