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11 maio 2022 00h00

Portugal emitiu 750 milhões de euros em OT a 8 anos com juro de 1,767%

 Portugal emitiu 750 milhões de euros em OT a 8 anos com juro de 1,767%
Já há o resultado do leilão de Obrigações do Tesouro (OT) que se realizou hoje, dia 11 de maio, pelas 10h30.
Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou no seu site que realizou "um leilão da Obrigação do Tesouro com maturidade em outubro de 2030 (OT 0,475% 18out2030), colocando 750 milhões de euros (fase competitiva)”. O juro da nova emissão foi de 1,767% portanto acima da taxa paga na última emissão com maturidade em outubro de 2029 e que feita em julho de 2021 (altura em que a emissão teve um juro de 0,475%. Na emissão feita hoje a procura superou a oferta em 1,86 vezes. A escalada das taxas de juro em 2022 está a agravar os custos de financiamento da República. A dívida portuguesa a 10 anos no mercado secundário está hoje a 2,09%. Hoje o Jornal de Negócios cita a agência liderada or Cristina Casalinho a dizer que com o fim dos programas de compra de dívida do Banco Central Europeu, o IGCP terá de encontrar novos compradores para a dívida portuguesa. Um ajustamento que irá trazer custos para o Estado. "A subida que estamos a assistir no prémio de risco de Portugal, não é um caso isolado e está diretamente associado aos fatores disruptivos que estamos a viver atualmente. A guerra na Ucrânia, bem como os confinamentos na China, acabam por não deixar normalizar os problemas que temos tido nas cadeias de abastecimento, elevando ainda mais a  inflação e ao mesmo tempo, aumentando a pressão sobre os bancos centrais”, disse em comunicado Filipe Silva, Diretor de Investimentos do Banco Carregosa. "Numa adaptação a esta realidade temos assistido à retirada de estímulos e a subida das taxas de juro, que apesar de serem transversais a toda a dívida soberana, acabam por penalizar mais os países mais endividados. A diferença das taxas entre os países da periferia e a Alemanha tem aumentado o que acaba por ficar espelhado no custo que têm para emitir nova dívida. Se os bancos centrais têm um desafio ao ter de subir taxas e adotar medidas, que não coloquem em causa o crescimento das economias, os governos irão ter outro com a subida do custo para emitir divida e o impacto que o mesmo terá nas finanças nacionais”, acrescenta.