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Obrigações: tudo o que precisa de saber para investir

Investir em obrigações é, em termos simples, o equivalente a emprestar dinheiro a uma entidade, que pode ser uma empresa, uma instituição ou até o próprio Estado. Por esta razão, são frequentemente consideradas pelos investidores como uma forma de diversificar e estabilizar o seu portfólio de investimento. Saiba o que são obrigações, as suas vantagens, os riscos associados e como subscrevê-las.
O que são obrigações?
As obrigações são um instrumento financeiro através do qual um investidor empresta dinheiro a uma determinada entidade. Ao contrário do que acontece com as ações, o investidor nunca é detentor de parte da entidade. Ao comprarem uma obrigação, os investidores vão receber um rendimento periódico, designado de cupão e na maturidade o valor nominal investido é devolvido ao investidor. Dito doutro modo, ao invés de recorrerem aos bancos, as entidades pedem dinheiro emprestado aos investidores para se financiarem.
Rendimentos do Tesouro dos EUA a 2 anos, 10 anos e 30 anos
Fonte: iFast
As obrigações remuneram o seu detentor através do pagamento do cupão que pode assumir as seguintes formas:
• Cupão Zero: A obrigação é comprada a desconto e na maturidade o investidor recebe um valor nominal superior;
• Taxa Fixa: O cupão é definido na emissão da obrigação e mantém-se até à maturidade;
• Taxa Variável: O cupão está associado a um indexante, normalmente a Euribor, que pode ser trimestral, semestral e anual. O cálculo do cupão é diário e o pagamento ocorre normalmente num destes 3 períodos: trimestral, semestral e anual.
Que tipos de obrigações existem?
Existem quatro tipos de obrigações, que variam de acordo com o seu nível de risco, a estrutura de pagamento e as condições de conversão.
1. Obrigações Seniores
As obrigações seniores são títulos de dívida que garantem ao investidor a prioridade de reembolso em caso de falência. São as que têm um prémio de risco mais baixo.
2. Obrigações Subordinadas
As obrigações subordinadas são as últimas a serem reembolsadas no caso de uma falência. Estas obrigações têm prioridade sobre os acionistas e um prémio de risco superior ao das seniores.
3. Obrigações Convertíveis (Convertible Bonds)
As obrigações convertíveis podem ser seniores ou subordinadas. Conferem o direito de serem convertidas em ações do emitente. As condições estão definidas na altura da emissão. incorporam a possibilidade de serem trocadas por outro instrumento financeiro sob determinadas condições. Por exemplo, podem ser convertidas em ações da empresa, a um rácio de conversão pré-definido nas condições da emissão.
4. Obrigações Perpétuas (Senior Secured Bonds)
As obrigações perpetuas, podem ser senior ou subordinadas. Regra geral tem associada uma data de call, que é a data em que podem ser reembolsadas. Quando tal não acontece, o cupão pode mudar em função das condições predefinidas na emissão da obrigação. Os emitentes deste tipo de obrigações costumam ser empresas tanto do setor não financeiro, como do setor financeiro, sendo que neste último as mais conhecidas são os Coco’s, que são um tipo de divida subordinada que por estarem na última linha de reembolso no caso de falência, apresentam prémios de risco elevados.
Quais as vantagens de investir em obrigações?
Investir em obrigações pode ser uma boa estratégia para quem procura diversificar e estabilizar o seu portfólio.
1. Rendimento previsível
As obrigações proporcionam pagamentos de juros regulares (cupões). Os investidores sabem previamente quanto irão receber em cada pagamento, o que facilita o planeamento financeiro.
2. Menor volatilidade
Em comparação com as ações, as obrigações tendem a apresentar menor volatilidade, tornando-se uma opção atrativa para investidores que desejam evitar oscilações bruscas de preço e manter a estabilidade no portfólio.
3. Diversificação da carteira
As obrigações podem contribuir para a diversificação de um portfólio, equilibrando os riscos associados a outros ativos, como ações. Esta diversificação pode ser fundamental para mitigar perdas durante períodos de instabilidade do mercado.
4. Proteção contra a inflação
Certos tipos de obrigações, como as indexadas à inflação, ajustam o seu valor com base nas taxas de inflação. Isto protege o poder de compra dos investidores ao longo do tempo.
5. Acessibilidade
Existem obrigações adequadas a diferentes perfis de investimento, com valores nominais variados. Isto permite que investidores com diferentes níveis de capital possam participar do mercado de obrigações.
6. Risco de crédito avaliado
A notação de crédito (rating) das obrigações avalia a probabilidade de o emissor cumprir os pagamentos de juros e reembolsar o capital, permitindo aos investidores escolherem obrigações alinhadas ao seu perfil de risco.
Quais os riscos do investimento em obrigações?
Como qualquer investimento, é importante considerar tanto os benefícios como os riscos associados às obrigações.
1. Risco de crédito
O principal risco de investir em obrigações é o de crédito, que se refere à possibilidade de o emissor não conseguir cumprir as suas obrigações financeiras. Se uma empresa falir, por exemplo, pode não conseguir pagar os juros ou devolver o valor nominal da obrigação. As mudanças na situação económica ou financeira do emissor podem afetar a capacidade de pagamento, mesmo que inicialmente o investimento pareça seguro.
2. Risco de liquidez
Algumas obrigações podem ter menos liquidez no mercado, o que significa que pode ser difícil vendê-las rapidamente sem incorrer em perdas. Este risco é especialmente relevante para obrigações emitidas por empresas de menor dimensão ou com ratings mais baixos.
3. Reembolso ao valor nominal
Embora as obrigações sejam normalmente reembolsadas ao valor nominal no vencimento, isso não garante um retorno positivo, especialmente se a inflação tiver deteriorado o poder de compra do montante devolvido.
4. Reembolso ao valor nominal
Enquanto as obrigações oferecem maior segurança e rendimento estável, os retornos tendem a ser mais baixos em comparação com outros investimentos, como ações ou fundos. Por isso, as obrigações podem não ser indicadas para investidores que pretendem maximizar o crescimento do capital.
Obrigações Governamentais vs. Corporativas: Quais as diferenças?
Investir em obrigações pode ser uma excelente forma de diversificar o portfólio, mas antes de dar o primeiro passo, é essencial compreender as diferentes opções disponíveis. Entre as mais comuns estão as obrigações governamentais e as obrigações corporativas, que apresentam características e níveis de risco distintos.
Obrigações Governamentais
As obrigações governamentais são geralmente consideradas uma das opções mais seguras de investimento. Ao adquirir este tipo de título, está a emprestar dinheiro a um governo, que, em troca, paga juros regulares durante um período determinado e devolve o capital no final do prazo.
O risco de incumprimento é reduzido, especialmente quando o emissor é um país com uma economia estável e uma boa classificação de crédito. No entanto, mesmo os governos podem enfrentar dificuldades financeiras em situações excecionais, o que pode afetar a capacidade de pagamento da dívida. Ainda assim, este tipo de obrigações continua a ser uma escolha atrativa para investidores conservadores que privilegiam segurança e estabilidade.
Obrigações Corporativas
Já as obrigações corporativas, por outro lado, representam uma alternativa mais arriscada, mas potencialmente mais rentável. Ao investir numa obrigação corporativa, está a financiar uma empresa, e o retorno que recebe será determinado pela taxa de juro fixada no momento da compra.
O nível de risco depende da solidez financeira da empresa emissora. Se a empresa enfrentar dificuldades económicas, pode haver um risco maior de incumprimento. Para compensar esse risco, as obrigações corporativas costumam oferecer taxas de juro mais elevadas, tornando-se uma opção interessante para investidores dispostos a aceitar um maior grau de risco em troca de um retorno potencialmente superior.
Investimento em Obrigações Direto ou Indireto: Qual o melhor para si?
Embora as obrigações sejam uma opção de investimento interessante, a aquisição direta de obrigações pode não ser a solução ideal para todos os investidores. Os valores mínimos para a compra de obrigações corporativas são frequentemente elevados, o que pode tornar esta modalidade inacessível para investidores com um capital inicial mais reduzido. Os cupões pagos são tributados em sede de IRS, não permitindo a capitalização dos mesmos.
Além disso, a gestão direta das obrigações requer conhecimento especializado, uma vez que é necessário avaliar as condições de mercado, o perfil de risco do emissor e a maturidade dos títulos. É aqui que entra a solução do investimento indireto, que proporciona uma maneira mais acessível e eficiente de investir em obrigações. Através de fundos de investimento e modelos de gestão, pode aceder a um portfólio diversificado de obrigações, tanto corporativas como governamentais, sem ter de se preocupar com os elevados valores mínimos ou com a complexidade da gestão direta. Através destes veículos de investimento, os cupões pagos são reinvestidos na sua totalidade, permitindo a capitalização.
Fundos de investimento em obrigações
Por um lado, os fundos de investimento em obrigações permitem-lhe investir num conjunto de obrigações de diferentes emissores, de forma a reduzir o risco através da diversificação. Estes fundos são geridos por profissionais especializados, que monitorizam constantemente o mercado e ajustam a composição do fundo de forma a cumprir com a política de investimento e risco definido. Ao investir num fundo de obrigações, beneficia da experiência e know-how dos gestores de ativos, sem ter de se preocupar com a compra e gestão de uma carteira de obrigações compradas individualmente.
Gestão de ativos
Outra solução de investimento indireto em obrigações, é através de modelos de gestão, que podem assumir diversas formas como mandatos de gestão ou unit-linked. Tratam-se de produtos de investimento que permitem investir em obrigações através da gestão especializada, adaptada às exigências dos investidores no que respeita às classes de ativos preferenciais ou objetivos de investimento. Estes produtos combinam a segurança das obrigações com a flexibilidade de um produto de investimento que pode ser adaptado ao seu perfil de risco e ao seu horizonte temporal e inclusivamente com vantagens fiscais, no caso dos Unit-Linked.
Como investir em obrigações?
Com este passo a passo, saberá como investir em obrigações de forma alinhada com os seus objetivos financeiros a longo prazo.
1. Definir objetivos de investimento em obrigações
Determine os seus objetivos financeiros antes de começar a investir. Identifique o seu prazo de investimento, o seu objetivo financeiro e o seu nível de tolerância ao risco. Definir estes pontos ajudá-lo-á a escolher o tipo de obrigações que melhor se adequam ao seu perfil.
2. Avaliar as opções disponíveis
Pesquise as várias obrigações disponíveis no mercado. Considere fatores como:
• Taxas de juro: Compare as taxas oferecidas por diferentes obrigações e verifique se são competitivas;
• Classificação de crédito: Verifique a notação de crédito do emissor, que fornece uma indicação da sua capacidade de pagar a dívida;
• Vencimento: Considere a duração da obrigação e como se alinha com os seus objetivos financeiros.
3. Escolher um intermediário financeiro
Para investir em obrigações, é necessário passar por um intermediário financeiro, como um banco, corretora ou plataforma de investimentos online. Com o Banco Carregosa, terá acesso a obrigações governamentais e corporativas, bem como ao apoio dos nossos especialistas para otimizar a conjugação de várias opções com o seu portfolio atual e com as suas expectativas de retorno. Existe ainda a possibilidade de investir em obrigações através de Fundos de Investimento ou através da Gestão de Ativos.
4. Selecionar as obrigações
De seguida, é hora de selecionar as obrigações que deseja comprar. Utilize as informações pesquisadas anteriormente e os conselhos dos especialistas para tomar decisões informadas.
Rendimento agregado de obrigações de empresas de curta duração (1 a 3 anos)
Fonte: iFast
Considere a diversificação entre diferentes tipos de obrigações e emissores para mitigar riscos.
5. Realizar a compra
Após selecionar as obrigações, execute a compra. Verifique se o preço da obrigação está dentro do seu orçamento e se estão claras todas as taxas associadas à compra.
6. Acompanhar o investimento
Depois de investir, é importante acompanhar o desempenho das obrigações no seu portfólio. Verifique regularmente:
• Pagamentos de juros: Confirme se os pagamentos de cupões estão a ser recebidos conforme esperado;
• Mudanças nas taxas de juro: Esteja atento a flutuações nas taxas de juro, pois podem afetar o valor das suas obrigações;
• Classificação de crédito: Acompanhe as classificações de crédito dos emissores para avaliar o risco de incumprimento.
7. Considerar a venda
Se necessário, considere a venda das obrigações antes do vencimento. Isso pode ser feito se precisar de liquidez imediata, se as condições de mercado mudarem significativamente ou se deseja realizar lucros ou limitar perdas.
8. Reavaliar e ajustar o portfolio
Periodicamente, reavalie o seu portfólio de obrigações e ajuste-o conforme necessário. Pode concluir que está na altura de fazer o rebalanceamento entre diferentes tipos de obrigações, substituir obrigações com menor desempenho por opções mais promissoras ou até considerar novas oportunidades de investimento.
Investir em obrigações com o Banco Carregosa
Se está a ponderar um investimento em obrigações, deve estar bem informado sobre as caraterísticas e as regras deste tipo de investimento, de forma a perceber se este se adequa ao seu perfil. A compra de obrigações é menos intuitiva do que a de ações, pela complexidade deste tipo de investimento. Envolve uma análise rigorosa e prudente dos preços de compra e venda, dos juros envolvidos e da capacidade creditícia de uma determinada empresa ou país, entre outras variáveis. Conte com a experiência e profissionalismo da equipa do Banco Carregosa no acompanhamento dos seus investimentos.