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20 abril 2024 00h10

Administração Biden restringe exploração de petróleo e gás no Alasca

A Administração Biden anunciou esta sexta-feira que vai restringir o arrendamento de terras de uma reserva nacional no Alasca para exploração de petróleo e gás, no total de 5,3 milhões de hectares.

O objetivo é proteger a vida selvagem, como os caribus ou os ursos polares, ameaçada pelo degelo do Ártico.

A decisão, que faz parte de um esforço continuado e plurianual sobre se e como desenvolver as vastas reservas petrolíferas do Estado, dá assim seguimento às medidas de proteção propostas em 2023, quando a Administração do presidente Joe Biden preparava a aprovação do controverso projeto petrolífero Willow.

A aprovação deste projeto suscitou a fúria dos ambientalistas, que consideraram que este vasto empreendimento violava os compromissos de Biden de combate às alterações climáticas.

A decisão de hoje também consolida um plano que pretende impedir a exploração de petróleo e gás em cerca de metade da reserva.

Dan Sullivan, senador republicano eleito pelo Estado do Alasca, já criticou a decisão e previu contestações judiciais, no que foi seguido pela senadora republicana Lisa Murkowski, também eleita pelo Alasca.

Em todo o caso, a decisão do Departamento do Interior não afeta os termos dos contratos existentes nem as operações já autorizadas, incluindo o Willow.

A reserva petrolífera, situada a 160 quilómetros do Refúgio Nacional da Vida Selvagem do Ártico (ANWR, na sigla em Inglês), é o 'habitat' dos caribus e dos ursos polares e acolhe milhões de aves migratórias.

Foi criada há cerca de um século como uma fonte de emergência de petróleo para a Marinha dos EUA, mas desde os anos 1970 tem sido administrada pelo Departamento do Interior. Desde então tem havido um persistente e intenso debate sobre o desenvolvimento de projetos petrolíferos - ou o seu impedimento.