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Investir em mercados Emergentes: Riscos e Oportunidades
O contexto atual nas economias emergentes.
Contrariamente às regiões desenvolvidas, onde é esperada uma contração económica combinado com um período de desinflação, o contexto macroeconómico para as regiões emergentes é positivo. As expetativas apontam para um crescimento do PIB real, uma inflação baixa ou em queda acelerada e uma expectativa de políticas mais acomodatícias por parte dos bancos centrais em algumas destas regiões emergentes. Ou seja, existe uma expectativa de uma divergência no crescimento real entre as duas regiões, em favorecimento das economias emergentes e, juntamente com um contexto deflacionário, fomentam o interesse dos investidores nestas regiões. De facto, desde o início do ano, temos verificado um influxo de capitais para estas regiões emergentes, como sugerido na Figura 1, que relata os fluxos de capitais via ETFs, agregados por região.
Figura 1. Netflow ETFs desde o início do ano (Fonte: Bloomberg).
Contudo este fenómeno não é comum a todas as regiões e é importante distinguir os diferentes "blocos regionais” que existem no mundo emergente. Estes podem dividir-se em:
1. APAC: "Asian and Pacific countries”
2. MENA: "Middle East and North Africa”
3. EME: "Emerging Europe”
4. LATAM: "Latin America”
Cada bloco é caracterizado por fatores e riscos mais prevalentes em cada uma das regiões. Por exemplo, o bloco LATAM tem sido caracterizado historicamente por um elevado grau de populismo, fomentado pela aversão à liberalização dos mercados. Já no bloco APAC, após o falecimento de Mao em 1978, Deng Xiaoping iniciou um programa de reformas misturando os princípios comunistas com as políticas liberais do Oeste, apelidado de "gaige kaifang” ("reformas e abertura”). Ou seja, apesar da China ainda ser considerada um país comunista, estas reformas, visaram combinar os princípios culturais incutidos no país com uma maior liberalização económica. Entre 1981-1989 a China cresceu a uma taxa anual de 9.9%, enquanto que a maioria dos países na região LATAM lutavam contra a inflação e retração económica – sendo mais tarde apelidada "A década perdida” dos LATAM.
Entre 1980-2000, as crises na LATAM, APAC e EME, apesar de distintas na sua natureza, apresentaram padrões comuns, previamente ao seu culminar. Alguns destes sinais são:
1. Contínuos aumentos do défice nas contas públicas.
2. Endividamento excessivo (especialmente se externo).
3. Volume de reservas FX em queda, dificultando as paridades cambiais (fixação da taxa de câmbio), se aplicáveis.
4. Reformas políticas, especialmente sociais e/ou políticas das quais podem resultar medidas protecionistas - limitação dos fluxos de capital, imposição de tarifas a empresas estrangeiras e subsídios a empresas domésticas - ou medidas populistas - como gastos governamentais excessivos contribuindo para os défices referidos no ponto 1.
Uma análise detalhada das condições atuais de cada região, está para além do alcance deste artigo, mas as lições da história servem de base para identificar os potenciais riscos no investimento nesta classe. Contudo, tendo em conta a vulnerabilidade na EME perante o conflito na Ucrânia e as dificuldades da economia Chinesa, os investidores têm considerado alternativas como a Índia e a região LATAM devido a uma resiliência económica nestas regiões, acima do esperado. De facto, como sugerido pela Figura 1, apesar do influxo de capitais (via ETFs) ser mais pronunciado em termos absolutos na China, em termos relativos, os fluxos (desde o início do ano) têm sido mais pronunciados na região LATAM e Índia. Apesar da Turquia também se destacar, nos últimos 3 meses, este país tem experienciado um "outflow”.
Como investir em Emergentes
Finalmente, existem considerações adicionais quanto ao estilo de investimento, assumido pelo investidor. Ou seja, a exposição a emergentes pode ser realizada em consonância com o perfil de risco. Naturalmente, pelas razões previamente descritas, o investimento em emergentes é mais adequado a perfis de riscos mais agressivos.
Em primeiro lugar, esta escolha deve focar-se na classe de ativos a que pretende estar exposto: obrigações ou ações. No caso de ações, um investidor pode controlar o espectro de risco ao escolher (com risco a crescer em cada um dos pontos enumerados):
1 .Empresas em economias desenvolvidas com elevada exposição a emergentes.
2. Empresas em economias emergentes estabelecidas: regiões emergentes que já evidenciaram a sua prevalência na economia mundial, mas ainda não adquiriram o estatuto de economias desenvolvidas.
3. Empresas em economias de fronteira: economias com a potencialidade de se tornarem os "novos emergentes”, com a expectativa de que venham a realizar taxas de crescimento elevadas (perto dos 10% ou mesmo acima), como as experienciadas pela China nas décadas de 80-90.
No caso das obrigações, o investidor pode escolher entre obrigações soberanas, "quasi”-soberanas e corporativas. Adicionalmente, o investidor tem de considerar a escolha entre dívida denominada na moeda local ("local currency debt”) ou em moeda estrangeira ("hard currency debt”), geralmente denominada em USD. Ou seja, um país pode financiar-se em moeda local ou em dólares, implicando que o investidor pode em parte cobrir (ou assumir), o risco cambial associado ao investimento.
O importante a reter, é que o risco cambial é elevado nestas regiões e isto aplica-se tanto a obrigações como a ações. Neste sentido, o investidor pode cobrir o risco cambial através de "hedges” cambiais, mas este tipo de operações geralmente não é facilmente realizado por investidores não profissionais, devido a restrições dos instrumentos ou proficiência na área.
No entanto, pode contactar os especialistas do Banco Carregosa, para o ajudarem nesta análise.
Em suma, uma análise detalhada neste tipo de investimentos, deve considerar questões macroeconómicas como a sustentabilidade da balança corrente, reservas cambiais, nível de endividamento e o grau de externalidade desta dívida, expectativas quanto ao crescimento económico e à inflação, etc. Ao nível de seleção de ativos, no caso de dívida, a análise deve contemplar a exposição ótima ao risco de duração e de crédito nas regiões identificadas bem como considerações do emitente em questão (especialmente se considerarmos dívida corporativa). No caso de ações, características similares, relacionadas à sustentabilidade, liquidez e oportunismo das empresas selecionadas, devem ser consideradas. Os fatores são amplos, o que dificultam a análise individual dos diferentes títulos.
Fundos especializados em emergentes
Tendo em conta a amplitude de fatores associados ao investimento em emergentes, existe a alternativa de delegar a função de identificar individualmente os investimentos nestas regiões. Isto porque, a seleção individual de empresas e(ou) obrigações em mercados ineficiente, com pouca transparência e acessibilidade de informação, tornam o processo de valorização muito complicado. Alternativamente, o investidor pode transferir estas decisões de alocação a gestores especializados nestas regiões e focar-se em identificar quais os fatores a que quer estar exposto. Alguns destes fundos, distribuídos pelo Banco Carregosa, incluem:
Classe | Foco | Fundo | ISIN |
Ações | Mercados Emergentes | Schroder ISF Global Emerging Market Opportunities Fund | |
Nordea 1 - Stable Emerging Markets Equity Fund | |||
BlackRock Global Funds - Emerging Markets Equity Income Fund | |||
Morgan Stanley Investment Funds - Sustainable Emerging Markets Equity Fund | |||
Mercados Fronteira | Schroder ISF Frontier Markets Fund | ||
Templeton Frontier Markets Fund | |||
Obrigações | Dívida hard currency | BlackRock Global Funds - Emerging Markets Bond Fund | |
Pictet-Global Emerging Debt Fund | |||
Dívida local currency | Invesco Funds- Invesco Emerging Market Corporate Bond Fund Fund | ||
Schroder International Selection Fund Emerging Market Bond Fund | |||
BlackRock Global Funds - Emerging Markets Local Currency Bond Fund |
O que o Banco Carregosa pode fazer por si
Como demonstrado, a amplitude de escolhas é extensa o que pode causar alguma aversão a este tipo de investimento. A extensão do universo, impossibilita a segregação dos vários fundos neste pequeno artigo e os fundos apresentados são apenas exemplificativos. Não representam, por isso, recomendações de investimento, mas sim fundos de algumas das categorias definidas acima, distribuídos pelo Banco Carregosa. Se tiver interesse em informar-se sobre quais os fundos mais apropriados para o seu objetivo de investimento, por favor contacte os nossos especialistas de forma a obter informação personalizada de investimento.