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02 junho 2023
09h10
Fonte:
Jornal Económico
Em maio, value desce e growth sobe
Sector tecnológico escapa ao "Sell in May and go away”, velho adágio popular dos mercados financeiros.
O mês de maio foi marcado por perdas dos mercados acionistas, excetuando o sector tecnológico. O Nasdaq 100 atravessa um bom momento, impulsionado pelas big tech, alicerçadas na inteligência artificial (IA). Entretanto, na Europa os principais índices desvalorizaram em maio, tendo o CAC 40 perdido cerca de 5,2%, o Dax 40 desvalorizou 1,6%, o Stoxx 600 caiu 3,2% e o FTSE 100 perdeu. O principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI, caiu 7,77%. Nos EUA, o Dow Jones desvalorizou 3,36%, mas o S&P 500 subiu muito ligeiramente 0,3%, suportado pelas empresas tecnológicas, tal como refletido na valorização de quase 8% do Nasdaq 100.
Os dados macroeconómicos têm-se agravado gradualmente nos três principais blocos económicos globais. O sentimento económico da zona euro deteriorouse e desceu para o nível mais baixo dos últimos seis meses em maio, refletindo a menor confiança na indústria, serviços e comércio retalhista. O fraco crescimento e a perspetiva de queda da inflação indiciam que a taxa terminal dos juros do BCE está cada vez mais próxima.
Também a confiança do consumidor americano caiu em maio, de acordo com o Conference Board, penalizada pelas preocupações com as perspetivas económicas, embora mais famílias pretendam comprar veículos motorizados nos próximos seis meses, podendo sustentar o consumo. O Conference Board referiu que o seu índice de confiança do consumidor caiu para 102,3 em maio, de 103,7 revisto em alta em abril.
Adicionalmente, o índice de manufatura da Fed de Dallas caiu para -29,1 em maio, face aos -23,4 verificados em abril, tendo este índice corroborado uma atividade fabril estagnada em maio, com o índice de produção a revelar uma alteração mínima na produção. Outros indicadores-chave, incluindo os índices de novas encomendas e taxa de crescimento dos pedidos, caíram ainda mais, atingindo os valores mais baixos desde meados de 2020. O livro bege da Reserva Federal dos EUA mostrou na quarta-feira que o emprego e a inflação estão a abrandar.
No China, a atividade fabril diminuiu mais rápido do que o esperado em maio devido ao enfraquecimento da procura.
A inflação homóloga na Alemanha caiu para 6,1% em maio, de 7,2% no mês anterior e abaixo das expectativas do mercado de 6,5%.
Foi a taxa de inflação mais baixa desde março de 2022.
Quanto aos dados económicos, os investidores focam-se cada vez mais no seu impacto recessivo e veem cada vez menos uma eventual melhoria da inflação, ou seja, uma desaceleração dos preços como um evento positivo para a evolução dos mercados acionistas. Isto é, o abrandamento da inflação começa gradualmente a ser visto como negativo, refletindo uma degradação da economia e uma aproximação de um ambiente recessivo. Se a alta dos preços está a abrandar, então é porque as empresas não conseguem vender, nem repassar os seus custos para os consumidores, culminando num declínio das margens e, consequente, diminuição dos lucros, penalizando a evolução dos mercados acionistas. É certo de que um abrandamento da inflação num contexto recessivo e eventual corte das taxas de juro para estimular a economia, diminuiu os encargos financeiros de financiamento das empresas, mas poderá não ser suficiente para compensar a perda de volume de vendas e travar uma queda dos lucros. Em boa verdade, depende também do setor, sendo o tecnológico mais sensível à evolução das taxas de juro, ou seja, tendo mais duration, as empresas tecnológicas tendem a capitalizar mais que as restantes com a queda dos juros.