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17 dezembro 2024 06h40
Fonte: Funds People

ETF mais subscritos de novembro: índices norte-americanos lideram as preferências

ETF mais subscritos de novembro: índices norte-americanos lideram as preferências

Nos ETF mais subscritos do mês de outubro, as opções dos investidores refletiram alguma preocupação com a acrescida volatilidade. O mês de novembro foi também um mês com muitos eventos significativos que acabaram por moldar o comportamento dos mercados financeiros globais.

 

 

"A vitória de um candidato Trump nas eleições presidenciais dos EUA trouxe mais ímpeto comprador aos mercados, mas também reforçou expetativas de continuidade em políticas monetárias prudentes, atendendo ao vigor dos dados económicos dos EUA e à estabilização macroeconómica da China”, conta João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa.

 

 

Por sua vez, a estagnação económica da Europa, as eleições antecipadas em França e Alemanha, e o impacto das deliberações ambiciosas da cimeira COP29 criaram um ambiente de incerteza, mas também de oportunidade para investidores atentos.

 

 

Resiliência do mercado norte-americano

 

No centro deste contexto global, os ETF desempenharam um papel central, "permitindo um acesso eficiente a diferentes temáticas e geografias”, afirma o profissional, acrescentando que "a resiliência do mercado norte-americano destacou-se, sustentada pelo forte consumo interno e pela recuperação dos índices de referência como o S&P 500”.

 

 

Desta forma, o iShares Core S&P 500 UCITS ETF e o Source S&P 500 EUR Hedged ETF, os ETF que ocupam os primeiros lugares no Top 10 da entidade, atraíram fluxos significativos, capitalizando os robustos dados de emprego e a força do setor tecnológico nos EUA. Por sua vez, e apesar da estagnação económica europeia ter criado dúvidas sobre o desempenho dos índices continentais, o Amundi CAC 40 ETF Acc e o iShares Core DAX UCITS ETF – em terceiro e quinto lugares, respetivamente – "mantiveram-se relevantes”, sustentados por grandes multinacionais exportadoras que "beneficiaram de uma moeda europeia enfraquecida e de alguma recuperação na procura mundial”, explica João Queiroz.

 

 

"No campo da tecnologia, o avanço contínuo da computação em nuvem e da digitalização das empresas foi um tema dominante”, afirma o profissional, acrescentando que o ETF que fecha o Top 4, o First Trust Cloud Computing UCITS ETF, captou este dinamismo, "especialmente com grandes nomes a reportarem ganhos acima do esperado, sinalizando a crescente centralidade deste segmento para as empresas globais”.

 

 

Ações novamente em destaque

 

 

Nos ETF mais subscritos do Banco Best, as ações voltaram, sem grande surpresa, a dominar, sendo a classe de ativos mais subscrita. Tal como no Top 10 do Banco Carregosa, os índices norte-americanos lideraram a preferência dos investidores. "No topo deste mês, está o SPDR S&P 500 UCITS, ETF que procura replicar a performance das principais 500 empresas líderes dos EUA, do índice S&P500”, afirma  Ângelo Custódio, trader na entidade.

 

 

Os mercados americanos de ações estiverem, desta forma, novamente em destaque, "respondendo positivamente em novembro, após alguma turbulência posterior às eleições presidenciais”, explica. Segundo o profissional, o índice Nasdaq valorizou 10,7%, e o S&P 500 subiu 5,9% durante o mês, levando todos os 11 setores a negociarem no verde e, levando o S&P500 a um novo milestone.  

 

 

Destaque ainda para os mercados emergentes, com o Amundi MSCI EM Latin America UCITS, instrumento focado na performance das principais empresas e economias da américa-latina e que ocupa o segundo lugar do Top 10; o Franklin FTSE Korea UCITS, com exposição ao mercado sul-coreano; e o Franklin FTSE Brazil UCIT, que procura replicar o dinâmico mercado brasileiro, a demonstrar o interesse dos investidores por novas oportunidades e mercados.

 

 

Já nas obrigações, as alternativas iShares USD Treasury Bond 20+yr – investimento em obrigações governamentais americanas de longo-prazo, e o Vanguard US Treasury 0-1 Year Bond UCITS ETF – investimento em obrigações governamentais americanas de curto-prazo, foram a escolha dos investidores.