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13 junho 2024 11h10

George Soros: 5 lições de investimento

George Soros: 5 lições de investimento

 

 

Conheça 5 lições de investimento úteis de George Soros, uma referência para qualquer investidor.


George Soros é um dos investidores mais bem-sucedidos e influentes do mundo, conhecido pela sua abordagem única  - e em alguns casos controversa. Saiba mais sobre a filosofia de investimento de George Soros e como a aplicar na prática nas suas próximas decisões


Quem é George Soros?


Nascido em Budapeste, em 1930, George Soros é um sobrevivente da ocupação nazi na Hungria. Mudou-se para o Reino Unido em 1947 e iniciou o seu percurso profissional como corretor da bolsa em Nova Iorque. Em 1973, fundou a Soros Fund Management um dos hedge funds mais influentes de Wall Street. Nos anos 90, ficou conhecido como o "homem que quebrou o Banco de Inglaterra", após uma série de apostas arrojadas contra esta instituição financeira.


O track record impressionante de Soros não fica por aqui: conseguiu retornos anuais de mais de 30% ao ano durante mais de 30 anos, e ficou famoso por gerar mil milhões de USD num único investimento, num único dia.


Além dos seus sucessos financeiros, George Soros é também um filantropo ativo, contribuindo para causas sociais e políticas através da Open Society Foundations, fundada para apoiar causas como educação, justiça e saúde pública.


Como investir como George Soros?


Tal como todos os mestres na sua área, George Soros tem uma visão muito própria do mercado financeiro. É conhecido pela sua habilidade em antecipar flutuações de ativos e pelas suas estratégias de investimento bem-sucedidas e pelo enorme apetite pelo risco. Estas são algumas lições importantes a reter.


1. Procurar oportunidades únicas a nível global


Soros é perito em encontrar boas oportunidades a nível mundial, através de uma previsão das flutuações do mercado, seja em dívidas de países, contratos futuros, valorização da moeda ou de propriedades. 

 
Exemplo disso é o mítico caso da "Quarta-feira Negra”, em 1992, no Reino Unido. Depois de Itália e Alemanha terem desvalorizado a sua própria moeda, George Soros apostou na desvalorização da libra. Vendeu cinco mil milhões de libras quando ainda estavam a um preço elevado e voltou a comprá-las quando o seu preço caiu acentuadamente, o que resultou num lucro de mil milhões de libras. Alguns anos mais tarde, voltaria a repetir a fórmula, mas desta vez na Tailândia e Malásia. A visão global de Soros foi fundamental para detetar e executar oportunidades em regiões que outros investidores tinham dificuldade em ler.


O que fazer: 


• Procure boas oportunidades de investimento ao nível global e não apenas no seu mercado mais próximo;


• Conte com aconselhamento especializado para identificar as macrotendências do mercado;


2. Adotar o princípio da reflexividade

 

A teoria da reflexividade é uma parte importante da estratégia de investimento de Soros pelo menos desde a década de 50. De forma resumida, esta teoria defende que as perceções dos investidores sobre o que está a acontecer nos mercados influenciam as suas ações o que, por sua vez, influencia novamente as suas perceções. 


A teoria da reflexividade contradiz a teoria económica tradicional, que afirma que os mercados se movem em direção ao equilíbrio, que os investidores são totalmente racionais e que as decisões são tomadas em função do preço do bem.


Neste ciclo fechado em que as perceções dos investidores se autoalimentam, o risco de ocorrerem "bolhas” de mercado é elevado. Durante estes momentos de sobreaquecimento, os preços podem subir além dos níveis racionais devido à compra excessiva dos investidores, e cair de forma repentina quando os ativos sobrevalorizados são vendidos. 


O próprio Soros deixa um exemplo prático: "O aumento dos preços das casas induziu os bancos a aumentar os seus empréstimos hipotecários e, por sua vez, o aumento dos empréstimos ajudou a aumentar os preços das casas. Sem controlo do aumento dos preços, isto resultou numa bolha de preços, que acabou por ruir, resultando na crise financeira.”


Antecipar estes movimentos é fundamental para evitar perdas e para aproveitar oportunidades históricas.


O que fazer:   

 

• Como investidor, preste atenção não apenas aos fundamentais das empresas, mas também à forma como os outros investidores os percecionam;


• Identifique as tendências do mercado que estão a ser auto alimentadas pelas perceções dos investidores. Aproveite o impulso de valorização dos ativos mais expostos às tendências dos mercados;


• Pode procurar identificar quando uma determina a tendência se está a esgotar e optar por investir na sua reversão;


• Diversifique o portefólio de investimentos para minimizar o impacto de flutuações adversas em cada ativo único. 


3. Negociar com uma proporção de risco e recompensa adequada


Segundo Soros, "não importa se está certo ou errado, mas quanto dinheiro ganha quando está certo e quanto perde quando está errado”. Esta é uma forma de enfatizar a importância de uma gestão adequada do risco e de avaliar a "recompensa do risco”. 


Poucos exemplos ilustram melhor este princípio o início da crise financeira asiática em 1997. Na altura, milhões de tailandeses corriam para os bancos na esperança de trocar o baht local, visto como instável, por dólares. À medida que o movimento se intensificava, tornou-se evidente para Soros que o Banco Central Tailandês não teria capacidade para continuar a comprar os bahts necessários para manter a taxa de cambio no país durante muito mais tempo, nem as reservas de dólares para sobreviver à crise. Adivinha-se a desvalorização massiva da moeda de uma das economias mais promissoras da Ásia – e uma enorme oportunidade para investidores disponíveis a assumir grandes riscos.


Para fechar a oportunidade, Soros subscreveu contratos futuros a 6 meses para vender bahts a um determinado preço, acreditando conseguir comprá-los até lá por um valor inferior. Por outras palavras, Soros precisava de uma forte desvalorização da moeda tailandesa  - ou enfrentar enormes perdas.


Poucos meses depois e esgotadas as reservas de moeda estrangeira, o Banco Central Tailandês cedeu finalmente o controlo da moeda aos mercados, a taxa de câmbio duplicou e Soros, ainda que com muita polémica à mistura, fez uma grande parte da sua fortuna avaliada atualmente em cerca de 7 mil milhões de USD


O que fazer:


• Defina um retorno mínimo para os seus investimentos, incluindo uma margem de segurança;


• Procure quantificar um grau de risco máximo para os seus investimentos;


• Identifique situações com resultados assimétricos, ou seja, associadas a uma perda contida se estiver errado, mas com lucros elevados se estiver correto;


• Diversifique os investimentos em diferentes classes de ativos, como ações, títulos, imóveis e commodities (matérias-primas) para reduzir o risco e a maximizar o retorno financeiro;


• Aprenda com cada negociação, seja ela bem-sucedida ou não, para tomar melhores decisões de investimento no futuro.


4. Contar sempre com a volatilidade do mercado


"Temos uma imagem falsa de que os mercados tendem ao equilíbrio”. Para Soros, o mercado financeiro é, por sua natureza, volátil e esse aspeto não deve ser negligenciado. 


Grande parte da sua estratégia de investimento baseia-se precisamente na falta de eficiência do mercado. Soros defende que, uma vez que os mercados estão sujeitos a flutuações e crises periódicas, o investidor prudente não pode esperar antecipá-las ou controlá-las totalmente, mas antes estar atualizado acerca das mudanças, ter uma boa compreensão do risco e ter a capacidade financeira para as aproveitar.

 

O que fazer:

 

Aposte na sua literacia financeira antes de começar a investir;


• Defina objetivos claros e realistas para os seus investimentos como, por exemplo, aumentar o rendimento para a reforma, comprar uma casa ou pagar a educação dos filhos;


• Avalie o seu perfil e a sua tolerância ao risco antes de investir;


• Procure aconselhamento profissional no Banco Carregosa para tomar decisões financeiras mais informadas. 


5. Proteger a carteira de investimentos


Para George Soros é fundamental ter estratégias para proteger os ativos em caso de queda da bolsa. O investidor aconselha mesmo o ajuste da carteira quando se observa uma tendência macroeconómica financeira global.  


Por exemplo, uma boa opção poderá ser alocar ativos em investimentos considerados mais defensivos durante esses períodos de desaceleração económica, como ações de empresas que historicamente demonstram resiliência em tempos de crise financeira. 


O que fazer:


• Reduzir ou cessar o investimento em ações de empresas altamente sensíveis a eventos macroeconómicos;


• Ajustar a composição da carteira de investimento tendo em conta os seus objetivos a médio prazo.


Banco Carregosa, para maximizar o potencial financeiro


A experiência de George Soros é uma lição para todos os investidores, sejam iniciantes ou experientes, e ilustra bem a importância de ter ao seu lado uma equipa profissional que conhece bem o mercado. Antes de tomar a sua próxima decisão de investimento, fale com os nossos especialistas. Contacte-nos