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Greenvolt: Fim da OPA e sentimento negativo nas energéticas entre os motivos para queda em bolsa
A Greenvolt viu as suas ações caírem mais de 5% na abertura da Bolsa de Lisboa. O head of trading do Banco Carregosa, João Queiroz, diz, ao Jornal Económico, que a queda se pode dever a vários fatores como o término da OPA, que fechou na quinta-feira, o sentimento negativo sobre o sector, e também os resultados financeiros.
A Greenvolt viu as suas ações desceram mais de 5% na abertura da Bolsa de Lisboa e apesar de uma suavização, as perdas persistem. Ao Jornal Económico, o head of trading do Banco Carregosa, João Queiroz, salienta que a existência de vários fator para explicar esta quebra acentuada.
João Queiroz destaca que, entre estes fatores, estão os resultados financeiros ou perspetivas, um sentimento negativo sobre o setor ou o fim da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a empresa, que aconteceu esta quinta-feira. O head of trading do Banco Carregosa refere que em causa estarão resultados financeiros ou perspetivas.
"A empresa poderá divulgar resultados abaixo das expectativas do mercado ou uma revisão em baixa das suas previsões de lucro, com os investidores a ajustar a cotação da ação para refletir as novas expectativas. O gráfico da sua cotação evidencia uma queda abrupta que pode estar relacionada com perspetivas menos otimistas”, considera João Queiroz.
Outro fator que pode estar a influenciar a queda nas ações da empresa é o sentimento negativo no setor energético, acrescenta João Queiroz. "O desempenho da Greenvolt pode estar correlacionada com o setor de energias renováveis, que enfrenta desafios específicos como volatilidade nos preços de energia, mudanças regulatórias, ou atrasos em projetos”, explica.
João Queiroz salienta que outras empresas internacionais do mesmo setor da Greenvolt, como por exemplo a Alerion e a Audax Renovables estavam a cair 5,58% e 2,73%, respetivamente, durante a manhã.
"Observa-se que outras companhias de energias renováveis também sofreram quedas recentes, o que pode indicar um sentimento negativo no setor em que os ainda elevados juros longo-prazo, sobretudo dos Estados Unidos, tendem a penalizar os seus resultados financeiros”, reforça o head of trading do Banco Carregosa.
João Queiroz diz ainda que o término da OPA sobre a Greenvolt pode ser outro fator a explicar a queda superior a 5% que a empresa estava a sofrer no início da sessão. Refira-se que a Oferta Pública de Aquisição sobre a Greenvolt foi lançada a 7 de outubro pela GVK Omega do fundo KKR e terminou a 24 de outubro, ou seja, na passada quinta-feira.
"O término da oferta de aquisição pode ser observada como uma oportunidade de saída para os investidores em que o final do prazo de aceitação pode motivar a uma realização generalizada de resultados e/ou a uma reavaliação da empresa pelos investidores no curto prazo”, explica o head of trading do Banco Carregosa."