- O Banco
- Pessoas
- Todos os Serviços
- Private Banking
-
Poupança e Investimento
- Conceito Poupança e Investimento
- Soluções
- Tipologias do Investidor
- Abordagem de Investimento
- Equipa
- Contactos
- Plataformas GoBulling
- Institucionais e Empresas
- Insights
- Login My.BancoCarregosa
- Contactos
Insira o seu Utilizador para ter acesso ao seu Banco. complete a sua autenticação no ecrã seguinte.
Se ainda não é cliente abra a sua conta aqui ou contacte-nos para mais informações
Faça o seu login
Economia dá sinais de resistir no arranque do ano
Indicador diário de atividade aponta para uma forte robustez na economia nos três primeiros meses do ano, com os níveis de atividade a ultrapassaram 10% em março. Economistas estimam que o PIB tenha crescido entre 1% e 3% em termos homólogos.
A economia portuguesa terá mostrado resistência no arranque do ano, apesar do turbilhão político que levou o país a eleições legislativas. Aliás, na última semana de março – altura em que Luís Montenegro foi indigitado como novo primeiro-ministro –, os níveis de atividade económica cresceram a um ritmo superior a dois dígitos, revelando grande dinamismo económico na reta final do primeiro trimestre.
O indicador diário de atividade económica (DEI), divulgado na passada quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), indica que os níveis de atividade da economia terão crescido mais de 10% na última semana completa do primeiro trimestre – entre os dias 25 e 31 de março –, face a igual período do ano passado. Este indicador sumariza vários indicadores avançados, que permitem medir o pulso à evolução económica, como o tráfego rodoviário, o consumo de energia, as encomendas e as compras com cartões em Portugal.
Em concreto, a média móvel semanal do DEI aponta para um crescimento homólogo de 11,2% da atividade económica nacional na última semana de março. O valor reflete uma forte aceleração face aos 4,1% da semana anterior (terminada a 24 de março) e aos 7,8% da semana terminada a 14 de março. Aliás, é uma das taxas homólogas de crescimento mais elevadas desde o arranque do ano.
Teresa Gil Pinheiro, economista do BPI, dá conta de que essa robustez do indicador diário de atividade económica – observada ao longo dos três primeiros meses do ano – indica que "o ritmo de expansão da atividade acelerou, em termos homólogos, face ao quarto trimestre de 2023”. Isso sugere, segundo a economista, que a evolução do produto interno bruto (PIB) "pode surpreender positivamente, tanto em cadeia como face ao período homólogo”, apesar de o crescimento significativo do PIB, no arranque de 2023, prejudicar a comparação homóloga e o surpreendente crescimento de 0,7% no final do ano passado também afetar as contas, em cadeia.
A previsão da economista é de que o PIB tenha crescido 0,4% em cadeia e 1,1% face ao trimestre homólogo, impulsionado pela "robustez do consumo e um desempenho favorável das exportações”. Os valores comparam, respetivamente, com 0,7% e 2,1% registados no trimestre anterior. Ou seja, apesar de a previsão ser de crescimento, esse terá sido inferior ao verificado no trimestre passado e no do trimestre homólogo. Por outras palavras, Teresa Gil Pinheiro antecipa um ligeiro abrandamento da economia.
Essa previsão está em linha com a das projeções do ISEG e CIP, conhecidas no final de março, que sustentam que "um crescimento homólogo superior a 1% parece ser bastante provável” no primeiro trimestre. Não é expectável, no entanto, que ultrapasse os 2,1% homólogos.
Ainda assim, o ISEG destaca a resistência da economia portuguesa, referindo que, "desde o início do ano até ao primeiro terço do mês de março”, o DEI assumiu "valores, em média, da mesma ordem de grandeza do valor médio registado no quarto trimestre de 2023”. "Os indicadores disponíveis apontam para uma evolução positiva, sobretudo com origem na procura interna, enquanto o contributo da procura externa líquida é mais incerto”, indica.
Mais otimista está o economista Paulo Rosa, do Banco Carregosa, que considera que, em termos homólogos, o PIB português poderá ter crescido "entre 2,5% e 2,9%”, ou seja, mais do que no ano passado. "A recuperação da economia global no primeiro trimestre de 2024 poderá justificar grande parte do desempenho favorável da economia portuguesa nos primeiros três meses do ano”, explica, salientando que a criação de emprego e o turismo terão continuado "a contribuir para o crescimento do produto português”.
Por outro lado, o BdP apontava, no boletim económico de março, para "um crescimento trimestral de 0,7%” em cadeia, o que corresponde a um ritmo semelhante ao do final de 2023. A estimativa rápida do PIB será divulgada pelo INE a 30 de abril.