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12 julho 2023
09h40
Fonte:
Jornal Negócios
Inteligência artificial puxou pelos ETF no 1.º semestre
A inteligência artificial atuou como "impulsionador estrutural da procura” dos fundos negociados em bolsa, contribuindo para que o segmento tecnológico liderasse o ranking entre janeiro e junho. Para o resto do ano, os analistas querem ver a época de resultados mas há espaço para otimismo.
Na primeira metade do ano, os ETF (Exchange Traded Funds – fundos negociados em bolsa que replicam desempenhos) da tecnologia lideraram as apostas de investimento, com as criptomoedas e a inteligência artificial (IA) à cabeça. Este movimento insere-se num contexto em que a aposta das empresas na IA, com a euforia do ChatGPT a dar balanço, ganhou força e centrou a atenção dos investidores.
"Os setores da tecnologia relacionados com as mega capitalizações do Nasdaq 100 e S&P 500, e os de cripto – com a blockchain e a bitcoin na frente – foram os que registaram maiores retornos e explicaram o desempenho destes fundos negociados em bolsa”, explica João Queiroz, "head of trading” do Banco Carregosa, ao Negócios.
No topo do ranking composto por mais de 1.900 ETF rastreados pela Bloomberg, os dois ETF correlacionados com as ações da Nvidia foram os que mais brilharam. O pódio é completado pelos segmentos da blockhain e bitcoin.
A BlackRock destaca que "a IA foi um ponto fundamental para o setor, na qualidade de impulsionador estrutural da procura”. "Os fabricantes de semicondutores, bem como as empresas de software, apresentaram ganhos melhores do que o esperado no primeiro semestre”, acrescenta ao Negócios. Além disso, tendo em conta que estes ETF reúnem um cabaz de ações de cotadas, seguiram a trajetória ascendente dos títulos do setor, suportada "pelos fortes resultados e pelas expectativas de crescimento dos lucros para 2023 e 2024”.
Já no que toca aos ETF ligados à blockchain, há ainda que ter em conta que "a BlackRock e a Fidelity apoiaram este movimento com a intenção de criar ETF correlacionados” com bitcoin, tendo já feito o pedido formal ao regulador financeiro dos EUA, aponta Vítor Madeira, analista da XTB.
Do lado das perdas, os ETF de energia, "utilities” e cuidados de saúde comandaram. "O setor da energia foi claramente penalizado pelas baixas no preço do petróleo e pelas quebras da produção industrial”, explica a XTB. Já no setor da saúde, o recuo está relacionado "com o desinvestimento na área da saúde pós-covid 19”, ao passo que as "utilities” "tendem a ser um setor estável mais defensivo ”.
Futuro divide analistas
Olhando para o resto do ano, os analistas dividem-se: enquanto uns estão otimistas, outros alertam que há possibilidade de os ETF correlacionados com estes setores poderem virar para terreno negativo. Rebecca Sin e Sebastien Cabral, analistas da Bloomberg Intelligence, acreditam que os fundos negociados em bolsa correlacionados com a tecnologia poderão "atingir os 300 mil milhões de dólares a nível mundial até ao final do ano”. Isto "à medida que aproveitam a onda da IA e aumenta o interesse pela tecnologia emergente”, referem num "research”.
Já Mário Martins, analista da ActivTrades, é menos otimista: muito dependerá do "comportamento da economia norte-americana”, colocando-se ainda outras questões - "irão as empresas bater as previsões de lucros, concretamente no setor tecnológico, com a ajuda da euforia sobre a inteligência artificial?”. Em caso negativo, o Nasdaq poderá mesmo "ser o mais castigado com uma correção”, alerta.
O Banco Carregosa é um pouco mais pessimista quanto ao segundo semestre. "Poderemos facilmente registar um reequilíbrio do mercado, com ajustes em baixa dos atuais prémios com que negoceiam atualmente”, considera João Queiroz, acrescentando que a próxima época de resultados das cotadas é crucial para definir o futuro dos ETF. ?
Na segunda metade do ano, o cenário pode voltar a ser de ganhos, mas há um convite à prudência.
Do lado das perdas destacam-se os ETF ligados à energia.
As vantagens dos ETF face aos fundos tradicionais residem nos custos cobrados aos investidores.
BlackRock domina setor de ETF de IA
A Inteligência Artificial (IA) deu mote à subida das bolsas no primeiro semestre de ano, tendo beneficiado as gestoras de ativos que oferecem ETF ligados a este setor, com a BlackRock à cabeça. Rainha indiscutível destes fundos que apostam na IA, a gestora de ativos entrou neste segmento em 2016, quando lançou o iShares Automation and Robotics UCIT, o sexto ETF da história ligado à IA e à robótica que conta hoje com uma dimensão de 3,5 mil milhões de dólares. Sete anos depois, a BlackRock ocupa a maior fatia no mercado de EFT ligados à IA (23%), seguida da Mirae Asset Securities (17%) e da State Street (11%). Entretanto, há novos atores que começam também a dar cartas neste segmento, como a Qraft, emitente sul-coreana de ETF, que, além de comercializar este tipo de instrumentos ligados à inteligência artificial, usa a IA para selecionar as ações que farão parte do cabaz e para alienar ativos.
O que procuram os portugueses?
ISHARES S&P 500 INFORMATION TECHNOLOGY SECTOR UCITS (ACC EUR)*
- Este ETF replica o desempenho do sub-índice do S&P 500 focado no setor das tecnologias de informação, tendo desde o início do ano valorizado mais de 40%.
ISHARES CORE MSCI WORLD UCITS (ACC EUR)
- O fundo negociado em bolsa replica o desempenho do MSCI World Index, um índice que por sua vez agrega as principais bolsas mundiais. Desde o início do ano, este ETF somou 5,56%.
ISHARES CORE S&P 500 UCITS (ACC EUR)
- Este instrumento replica o comportamento do índice norte-americano S&P 500, tenho ganho mais de 15% este ano.
Fonte: XTB e Bloomberg.
Quem são os investidores?
- Os investidores portugueses de ETF (Exchange Traded Funds) são sobretudo jovens, com uma idade média de 34 anos.
- A maior parte dos portugueses que coloca dinheiro em fundos negociados em bolsa é do sexo masculino (87%).
- Em média, cada investidor português que aplica o seu dinheiro em ETF realiza sete transações por ano.
- Do total da amostra, 41% dos investidores nacionais utiliza dispositivos móveis para realizar as transações.
*Dados fornecidos pela XTB com base na sua amostra de clientes.
O que são e para que servem estes fundos negociados em bolsa?
Os Exchange Traded Funds (ETF) são fundos negociados em bolsa que replicam o desempenho de um ativo ou cabaz de ativos.
Exchange Traded Funds. À primeira vista, só pelo nome, poderá parecer um tema complicado. Não o é. Os ETF são fundos que replicam o desempenho de um índice, ativo ou cabaz de ativos, e o que os diferencia dos fundos tradicionais é o tipo de gestão: os fundos de investimento pretendem superar a performance do ativo correlacionado, ao passo que os ETF têm como objetivo replicar o desempenho desse ativo - sendo negociados no mercado tal como uma ação.
E o que se significa esse replicar? O objetivo é que o retorno do produto seja o mais próximo possível do mercado que o ETF pretende seguir. Para garantir um comportamento semelhante ao índice ou ativo escolhido, o gestor do fundo constitui uma carteira com participações semelhantes às desse índice ou ativo e acompanha a composição do mesmo, de modo a que o desempenho do ETF não se afaste do "cabeça de casal”.
A principal função do gestor é, pois, acompanhar o peso dos ativos no índice e garantir que quando existem mudanças estas se repercutem na carteira dos ETF. Por isso mesmo, os ETF são adquiridos e alienados tal como as ações.
A sua negociação pode ser realizada através de uma corretora e, uma vez que são transacionados no mercado acionista, estes produtos de investimento têm que cumprir as regras de transparência do mercado, beneficiando ainda da elevada liquidez.
Ao contrário das ações, onde o preço é fixado tendo em conta as ordens de compra e venda dos investidores, no caso dos ETF o preço varia consoante a evolução dos produtos subjacentes.
A grande vantagem dos ETF face aos fundos de investimento tradicionais prende-se com os custos cobrados aos investidores. Os ETF têm uma comissão de gestão que normalmente é baixa, dado que se trata de produtos de gestão passiva – sendo este um custo ao qual acresce a custódia de títulos. Além dessa comissão de gestão que é paga ao fundo, o investidor suporta encargos [custos de negociação, ou seja, comissões que paga sempre que negociar o ETF] semelhantes às ações. Existem muitos tipos de ETF: de ações, setoriais, de matérias-primas, de índices, entre outros. Estes produtos permitem assim estar exposto às várias classes de ativos, ou a um setor.
A sua atratividade, em suma, prende-se com o preço, simplicidade, elevada liquidez, diversificação e transparência. Além disso, no duelo entre fundos tradicionais e ETF, a gestão passiva sai beneficiada. Historicamente, a maioria dos fundos não consegue bater de forma consistente os índices ou ativos ao longo dos anos. Uma situação que acaba por favorecer os ETF, que replicam a evolução do mercado.