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Nem euforia nem pânico nos mercados

Nas primeiras três sessões após eleições, a Bolsa caiu e os juros a 10 anos subiram para perto de 3%, mas Portugal colocou €1001 milhões a juros mais baixos
A Bolsa de Lisboa e o mercado da dívida pública portuguesa não reagiram nem com euforia nem com pânico nas três primeiras sessões após as eleições legislativas antecipadas de domingo, que resultaram numa vitória tangencial da coligação AD sobre o PS, ainda sem contar com os círculos da emigração. No entanto, a Bolsa lisboeta registou duas sessões no vermelho, enquanto nas praças da zona euro houve duas sessões em terreno positivo.
O índice PSI caiu para o nível mais baixo desde 14 de fevereiro. Os juros a 10 anos da dívida portuguesa reaproximaram-se de 3%, o que já não se registava desde 4 de março. Apesar da subida nos juros no mercado secundário, o prémio de risco da dívida portuguesa caiu de 66 pontos-base na semana passada para 63 pontos-base na quarta-feira, pois os juros da dívida alemã a 10 anos subiram mais do que os portugueses. E, na ida ao mercado, que é o que conta para o financiamento do Estado, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) colocou na quarta-feira €1001 milhões pagando taxas mais baixas. O Tesouro já financiou, em dois meses e meio, 61% do programa de colocação de dívida obrigacionista previsto até final de 2024. Os dois leilões "podem ser considerados um sucesso, onde é visível o impacto da melhoria do rating [para A-] atribuído [a 1 de março] pela Standard & Poor’s e a proximidade de um trimestre para o primeiro corte de juros pelo Banco Central Europeu”, sublinha João Queiroz, responsável de trading no Banco Carregosa.
Apesar de uma vitória tangencial (cuja dimensão ainda está por apurar até serem publicados os resultados finais das eleições) e de um aviso da agência de rating canadiana DBRS para o risco de "um Parlamento bloqueado”, os mercados não reagiram em pânico face a um cenário de ingovernabilidade em que a coligação liderada por Luís Montenegro não dispõe de uma maioria absoluta no hemiciclo a não ser que se alie com o Chega à sua direita. Para João Queiroz, "a ausência de uma degradação da perceção de risco soberano e de uma ameaça ao crescimento do PIB nacional não deverá afastar os investidores”. Segundo o algoritmo do portal World Government Bonds, as perspetivas no mercado apontam para uma descida dos juros das obrigações portuguesas a 10 anos para 2,4% em dezembro, com uma queda ainda mais acentuada do spread para menos de 50 pontos-base.
A temperatura da situação política e do ‘sentimento’ dos investidores será analisada a 22 de março pela Fitch, a agência que subiu, no ano passado, o rating da dívida portuguesa para A-(notação igual à da S&P).
Enquanto não entrar em funções um novo Governo e não for apresentado o seu programa (nomeadamente em matérias críticas de trajetórias da dívida e do défice orçamental e execução do Plano de Recuperação e Resiliência), a avaliação pelos mercados do impacto das eleições continuará em suspenso. Nas três primeiras sessões não houve nenhuma euforia. Nas três eleições anteriores (em 2015, 2019 e 2022), o índice lisboeta PSI registou ganhos na primeira semana após as eleições.