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31 março 2023
09h35
Fonte:
Jornal Negócios
Tecnológicas ganham com stress na banca
Àmedida que os receios com a banca internacional se têm vindo a alastrar, os investidores refugiaram-se nas tecnológicas, com o alívio da "yield” das dívidas soberanas nos EUA e Europa a ajudar. Os analistas esperam, no entanto, que a mudança de foco possa acontecer em breve, dado o peso das elevadas taxas de juro dos bancos centrais para o setor.
Desde o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), as tecnológicas mundiais têm seguido uma trajetória ascendente, enquanto a banca tem feito o caminho oposto. O índice mundial MSCI para o setor tecnológico já avançou 17,82% este ano, em contraciclo com o índice homólogo da banca, que desvalorizou 5,35%.
"Nota-se uma rotação setorial nas últimas semanas, sobretudo da banca e energia para tecnológicas e de ‘value’ para ‘growth’”, refere o presidente da IMF - Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia.
O movimento explica-se, por um lado, porque as tecnológicas "funcionam como um porto seguro em tempos de incerteza por terem balanços sólidos e bons fluxos de caixa”, assinala o economista do Banco Carregosa Paulo Rosa. Por outro lado, estas são também muito sensíveis ao aumento ou redução das taxas de juro. "O setor brilhou nos piores anos da pandemia, mas não passou incólume em 2022 ao cenário de juros elevados para conter as pressões inflacionistas”, refere o presidente da Maxyield, Carlos Rodrigues.
No ano passado, as ações das tecnológicas – tipicamente intensivas em capital para apoiar o rápido crescimento – tombaram com os aumentos agressivos das taxas da Reserva Federal (Fed). No entanto, este movimento sofreu uma inversão,
O frenesim à volta do setor bancário tem alimentado esperanças de que os bancos centrais comecem a suavizar a sua política monetária. Isso deu lugar a uma redução das "yields” do Tesouro dos EUA, que nos últimos três meses aliviaram 31,7 pontos base.
Não é, então, de admirar que a região onde o setor tecnológico mais se destaca é mesmo o país do outro lado do Atlântico, com o índice que reúne as 100 maiores empresas do Nasdaq – forte em tecnologia – a caminho do seu segundo melhor desempenho trimestral da última década. A um dia do fim do primeiro trimestre de 2023, o Nasdaq já valorizou mais de 18%. Só o desempenho do segundo trimestre de2020 foi mais avultado nos últimos 10 anos. Nessa altura, o índice tecnológico fechou o trimestre com uma valorização de 30%.
"O fim do ciclo de crescimento das taxas de juro no segundo semestre e em 2023, a consolidação da redução da taxa de inflação ao longo de todo o ano e a evolução da economia menos gravosa que as estimativas do final do ano transato, constituem ingredientes para consolidar este processo de recuperação bolsista”, considera Carlos Rodrigues.
Sem surpresas, as empresas que ocupam os três primeiros lugares no índice, desde o início do ano, foram tecnológicas. A que mais impulsionou o índice foi a Nvidia. comum aumento de quase85%, seguida da Meta Platforms, que ganha mais de 70%, e pela Tecla que avança 57%.
Na Europa a história é um pouco diferente. O gestor do BiG- Banco de Investimento Steven Santos afasta que a banca dos EUA tenha contagiado a da Europa, uma vez que a regulação do velho continente é mais "apertada”.
E o que nos dizem os números? O subíndice do Stoxx600referente à banca avançou 6,62% desde o início do ano, o que corrobora as declarações do especialista.
Mas, tal como nos Estados Unidos, os ganhos das tecnológicas subiram mais, com o subíndice da tecnologia do Stoxx 600 a aumentar 20%, o que também pode ser explicado pela redução da "yield” das dívidas soberanas da Europa, uma vez que, em média, os juros recuaram 26,1 pontos base desde janeiro.
Será que estamos, então, perante uma inversão de perdas nas tecnológicas? Tanto Paulo Rosa como Steven Santos descartam uma inversão para já, uma vez que a política dos bancos centrais continua restritiva. Enquanto osjuros diretores da Fed está num intervalo entre 4,75% e 5%, a do Banco Central Europeu (BCE) está fixada em 3%.
No entanto, algumas das "previsões para2023das tecnológicas trouxeram otimismo e esperança”, indica o presidente da Maxyield, acrescentando que "nesse contexto, poderemos estar perante a inversão do ciclo de perdas nas 'tech'”. ¦
AÇÕES
Tecnologia ganha com stress no setor financeiro global
As ações das tecnológicas mundiais têm valorizado, seguindo a direção oposta aos títulos da banca, funcionando como um refúgio em tempos de incerteza, mas não só. A redução dos juros das dívidas soberanas, tanto nos EUA como na Europa, também tem estimulado o setor.
FOSSO ENTRE "TECH” E BANCA ALARGA-SE
Evolução dos índices mundiais MSCI tecnológico e MSCI banca, em pontos
As ações do índice global MSCI tecnológico avançaram 8% desde o início de março (quando o SVB colapsou). o que contrasta com a perda de 12,54% do índice global MSCI da banca. Consequentemente, o intervalo entre os dois agravou-se de 301,31 para 376.34 pontos.