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27 junho 2023 09h25

8 megatendências para acompanhar nos próximos anos

8 megatendências para acompanhar nos próximos anos
 

 

Celebramos o nosso 190.º aniversário com os olhos postos em 8 megatendências para os próximos anos.

 

No nosso 190.º aniversário, olhamos para 8 áreas importantes que estão a moldar o amanhã – do metaverso à Inteligência Artificial, de novas fontes de energia às novas descobertas em saúde.

 

 

1. A criação de novos materiais vai mudar o mundo – e os investimentos financeiros

 

Esta é uma das tendências que terá mais impacto nos próximos anos, em áreas muito diversas da tecnologia à agricultura. Prevê-se que o mundo testemunhe uma aceleração na transição dos recursos naturais para o uso dos materiais produzidos em laboratório, biológicos e sintéticos, com propriedades físicas inovadoras. São exemplos substâncias sustentáveis para produtos de consumo, materiais de construção inteligentes, combustíveis sintéticos, ou baterias ecológicas. Esta tendência será especialmente relevante num outro mercado, de importância estratégica nos dias que correm, mas com um vasto potencial de crescimento pela frente: os semicondutores.

 

 

Fonte: Precedence Research

Os dados indicam que o mercado global de materiais semicondutores continuará a crescer a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 6,6%. Esta tendência deve-se ao impacto previsto da integração da Inteligência Artificial num mercado que já faz parte do dia-a-dia de milhões de utilizadores, seja em smartphones ou carros. Por estes motivos, investir no mercado de materiais semicondutores poderá ser especialmente atrativo, e há vários produtos financeiros disponíveis, de acordo com o estilo de negociação, preferências, objetivos, perfil de risco e horizonte temporal. Quem deseja investir neste mercado pode optar por produtos derivados, ações, ETFs (Exchange-Traded Funds) ou Fundos de Investimento dedicados a semicondutores.

 

2. A maioria da população mundial vai adotar leis de proteção de dados até 2025 

 

Estima-se que, até 2025, 75% da população mundial coloque todas as suas informações pessoais ao abrigo da Lei de Proteção de Dados. Este cenário obriga a mudanças fundamentais a nível de marketing e comércio online. Será necessária uma adaptação para fazer uma utilização inteligente e mais lucrativa dos dados disponíveis, uma vez que a obtenção de novos datasets sobre os utilizadores será cada vez mais complexa.

 

Esta tendência está a tornar mais apelativos os investimentos em empresas que se dedicam a desenvolver tecnologias para melhorar a privacidade dos consumidores e recuperar a sua confiança. São exemplos empresas que trabalham nas áreas de software de privacidade e segurança, blockchain, web 3.0 e tokenização, entre outras.

 

 

3. Se o cibercrime fosse uma nação, seria a mais poderosa do mundo até 2027

 

À medida que a economia digital cresce, a tendência dos próximos anos será o aumento do crime digital, que já se encontra em valores record. Cada vez mais dados e sistemas tornam-se abertos, interligados, disponíveis, inteligentes e ligados à Internet, o que faz com que as infraestruturas – da rede elétrica à saúde até aos eletrodomésticos em casa - se tornem mais vulneráveis a ataques cibernéticos em todos os setores. De acordo com estimativas do Statista’s Cybersecurity Outlook, o custo global do cibercrime deve aumentar nos próximos cinco anos, passando de US$ 8,44 biliões em 2022 para US$ 23,84 biliões em 2027 – equivalente ao PIB dos EUA.

 

CUSTO ESTIMADO DO CIBERCRIME ATÉ 2027

 

 

Fonte: statista

 

Este cenário exige soluções novas e complexas para proteger os utilizadores deste tipo de criminalidade. Neste contexto podem-se criar oportunidades de investimento interessantes, como por exemplo através de ações, ETFs e Fundos de Investimento especializados, dedicados a empresas de cibersegurança inovadoras.

 

4. As novas fontes de energia vão representar 50% do consumo até 2050

 

A energia baseada em carbono continuará a ser um elemento importante, mas o crescimento será impulsionado quase inteiramente por energias renováveis e tecnologias de descarbonização. O mundo continuará a ser fortemente pressionando para atingir a neutralidade carbónica, o que significa que as fontes de energia mudarão para combustíveis sintéticos e hidrogénio. As estatísticas apontam que estes novos modelos de energia constituirão um terço (32%) da matriz energética global até 2035 e metade até 2050.

 

CONSUMO DE ENERGIA POR TIPO DE COMBUSTÍVEL ATÉ 2050 (EM MILHÕES DE TERAJOULES)

 

 

Fonte: McKinsey & Company

 

Este cenário impulsiona maiores investimentos em energia limpa na próxima década, podendo criar grandes oportunidades para os investidores. As empresas que investem em tecnologia que permite captar e armazenar carbono, criar novas infraestruturas de transporte, redes inteligentes e hidrogénio sustentável, estão a ser o alvo preferencial de muitos investidores.

 

5. Os investimentos ESG vão continuar a ganhar tracção

 

Os fatores ambientais, sociais e governação (ESG) continuarão a tornar-se cada vez mais importantes. Os investidores, legisladores e agências de rating estão a exigir cada vez mais que as grandes empresas assumam o seu papel na sustentabilidade. A Europa tem sido líder nesta gestão, mas os mercados asiático e americano estão a acompanhar a tendência para reduzir a sua pegada de carbono.

 

Os títulos com uma componente ESG também estão a crescer. A emissão de dívida vinculada a ESG para financiar projetos sustentáveis mais que triplicou em 2022 para 190 mil milhões de USD, e os fluxos de fundos de ações relacionados com sustentabilidade também aumentaram para 25 mil milhões de dólares norte americanos.

 

COMPRA DE DÍVIDA "SUSTENTÁVEL” POR ANO (mil milhões de USD)

 

 

Fonte: IMF

 

Por estes motivos, os fundos de investimento ESG estão cada vez mais presentes nos portfolios de muitos investidores, não só pelo seu potencial e o equilíbrio entre risco e retorno a longo prazo, como também pela preocupação relativamente à pegada ecológica, impacto ambiental e dimensão social.

 

 

 

6. Na próxima década, 70% da nova economia terá origem em negócios de plataformas online

 

Em 2021, a economia digital dos EUA representou 10,2% do PIB mundial e criou 7,8 milhões de empregos, ultrapassando o crescimento médio da economia global, que havia contraído 3,4%. Esse crescimento veio principalmente da área digital, tendência que se espera que continue nos próximos anos. De facto, estima-se que 70% da criação de riqueza gerada na próxima década, terá origem em negócios de plataformas online.

 

Fonte: Statista

 

Perante este cenário de digitalização global dos setores económicos, impulsionada pelo aumento do poder de compra, a economia digital afigura-se promissora para os investidores nas próximas décadas.

 

Megatendências como o metaverso, onde os jogos e as interações sociais online se tornarão cada vez mais realistas e vinculados às ofertas de produtos no mundo virtual, são um bom exemplo. Prevê-se uma nova simbiose entre o mundo humano e o virtual, que permite que as pessoas toquem, cheirem, sintam, vejam e ouçam em locais onde não estão fisicamente presentes. Isto abre portas para a replicação de vários ambientes virtuais, incluindo espaços de trabalho. Com um potencial de geração de até US$ 5 biliões em valor até 2030, o metaverso tem demasiada importância para ser ignorado pelos investidores.

 

7. Os robots autónomos a trabalhar lado-a-lado com humanos

 

O número de robots em fábricas de todo o mundo continua a crescer, o que faz com o que o seu custo se torne mais competitivo, impulsionando a integração de máquinas em todos os setores. De acordo com os dados da "International Federation of Robotics”, existem 3,5 milhões de robots industriais já em operação e 517.000 novos robots foram instalados em 2021. O crescimento mais expressivo foi registado na Ásia e na Austrália, que agora integram três quartos de todos os robots industriais. O crescimento global está definido numa taxa anual de 7%.

 

 

Fonte: International Federation of Robotics

Alguns especialistas acreditam que uma nova "revolução robótica" – com robots mais autónomos, seguros e ágeis como os estreados pela Boston Dynamics - mudará completamente a economia global nos próximos 20 anos, o que cria oportunidades de investimento importantes.

As ações são, geralmente, a opção mais popular, mas os fundos negociados em bolsa (ETFs) e os Fundos de Investimento, também podem ser o caminho a percorrer.

 

8. A aposta em saúde vai continuar nos próximos anos 

 

A procura de uma melhor saúde mental será uma preocupação contínua nos próximos anos. A investigação mundial em saúde mental absorve cerca de US$ 3,7 biliões por ano e estima-se que o investimento cresça nas próximas décadas. O acesso à informação e à educação, ou o recurso à tecnologia (como interfaces cérebro-computador) pode abrir novas formas de realizar o potencial das pessoas e reconfigurar o propósito do ser humano no futuro. Por exemplo, a Neuralink, empresa fundada por Elon Musk, acaba de receber autorização para testar em humanos o seu novo implante cerebral sem fios que pode devolver mobilidade e até ajudar a tratar doenças cerebrais.

 

 

A este respeito, os ETFs oferecem aos investidores uma forma simples de exposição aos avanços da saúde. Podem, ainda, incluir na sua carteira ações voltadas para empresas que estão a acelerar o progresso científico neste tema de rápido crescimento. As novas tecnologias têm ainda o potencial de produzir alimentos sustentáveis e regenerativos, reduzindo as tensões ambientais. Por exemplo, a personalização de perfis nutricionais, metabólicos e genéticos pode possibilitar avanços significativos no diagnóstico e tratamento de uma variedade de condições físicas e mentais, aumentando a longevidade, a produtividade e o bem-estar do ser humano.

 

Os números indicam que os gastos mundiais com saúde atingiram 10,89% do PIB mundial, sendo que 80% deste valor ocorreu em países mais desenvolvidos, provenientes de orçamentos governamentais. É, por isso, uma área promissora que os investidores estão a considerar, especialmente através da integração sistémica e contínua de fundos ESG que incluam saúde e nutrição. Espera-se que esta megatendência continue a crescer entre investidores com preocupações relacionadas com este tipo de responsabilidade, ajudando a moldar os sistemas alimentares do futuro.

 

 

Banco Carregosa, com os olhos postos no futuro

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